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Rainhas do rock: cinco mulheres negras para adicionar na playlist

No dia mundial do rock, conheça cinco mulheres negras que marcaram a história da música.

Por Mariana Oliveira

13|07|2023

Alterado em 13|07|2023

Quando se pensa em rock n’ roll, provavelmente a imagem de uma mulher negra não está associada a quem canta ou ouve o estilo musical. Entretanto, ao contrário do que se pensa, as mulheres negras estão na base, não só do rock, mas também do jazz, blues e do country.

Em um texto publicado no The Establishment (mídia norte-americana de comportamento, formado por mulheres), a jornalista Latonya Pennington retrata o apagamento de mulheres negras na cena do rock. Em celebração ao dia mundial do rock, em 13 de julho, listamos cinco mulheres negras que fizeram história no meio.

1
Sister Rosetta Tharpe

Nascida em Arkansas, nos Estados Unidos, em 20 de março de 1915, Sister Rosetta Tharpe influenciou vários músicos, sendo nomeada como a criadora do ritmo, antes mesmo de Little Richard e Elvis Presley, que alcançaram mais fama que Rosetta.

Entre os anos 1930 e 1940, a cantora participava de um programa gospel na rádio e aproveitava suas letras e o som da guitarra para criticar abertamente o regime do Apartheid.

2
LaVern Baker

Embora associada ao R&B (Rhythm and blues), LaVern Baker misturava o Rock ‘n roll, pop e blues em suas músicas. Baker nasceu em 11 de novembro de 1929, em Chicago, nos Estados Unidos, e começou cantando em clubes na cidade. Ela gravou seu primeiro disco solo “Soul on Fire”, no começo de 1955.

A cantora era tão boa que chegou a emplacar 20 sucessos no Top 40 das paradas musicais de sua época.

Com a banda The Gliders, gravou as músicas “Bop-Ting-A-Ling”, “Play It Fair” e “Still”, a  última vendeu mais de um milhão de cópias, alcançando um disco de ouro. A canção “Jim Dandy” foi um de seus maiores sucessos, reconhecida como uma das 500 Melhores Músicas de todos os tempos pela revista Rolling Stone.

3
Aretha Franklin

A “Rainha do Soul” ou “Dama do Soul”, como é reconhecida, Aretha Franklin transita entre o gospel, R&B, o jazz, o blues, o rock e o próprio soul.

Nascida em 25 de março de 1942, em Memphis, na cidade de Tennessee (EUA), Aretha fez muito sucesso na década de 70 e gravou álbuns que entraram para a história da música mundial.

A cantora recebeu, ao todo, 21 prêmios Grammy, o maior prêmio da indústria musical. Além disso, vários de seus singles ficaram entre os 20 mais vendidos da revista Billboard.

4
Alice Coltrane

Você precisa conhecer a veia artística de  Alice Coltrane: meia-irmã do baixista Ernie Farrow, mãe de Ravi Coltrane e esposa de John Coltrane, ambos saxofonistas. Alice foi uma pianista, organista, harpista e compositora.

Aos 26 anos, multi-instrumentista começou tocando em clubes e, ao se casar, tocou piano na banda do marido. Porém, por ser mulher e negra, foi alvo de críticas no meio musical.

Lançado em 1971, o disco “Journey in Satchidananda” ficou na lista dos 500 melhores álbuns da Rolling Stone.

5
The Blossoms

O grupo de mulheres conhecido por The Blossoms surgiu nos anos 1960, na Califórnia, Estados Unidos. O “girl group” também ficou conhecido por fazer “backing vocals” (vozes de apoio) para outros cantores, como Sam Cooke e Frank Sinatra.

O grupo começou como sexteto, mas a formação do trio com Darlene Love, Fanita James e Jean King ficou mais conhecido. Inclusive, com essa formação, o grupo participou de um programa televisivo de rock.

Embora todo o sucesso, muitas canções não foram creditadas. A história do grupo também foi contada no documentário “A um passo do estrelato”, de 2013.

6
Merry Clayton

A cantora e atriz norte-americana Merry Clayton começou a cantar aos 14 anos em parceria com Bobby Darin. Logo se firmou como backing vocal para cantores como Ray Charles, Elvis Presley, BB King, Jerry Garcia e o grupo Buffalo Springfield.

A carreira em ascensão chamou atenção da banda de rock britânica, The Rolling Stones. Em meio a uma gestação, Merry gravou a canção “Gimme Shelter” com a banda. Entretanto, o estresse nos bastidores chegou a causar um aborto esponâneo na cantora.

Merry gravou sete discos, sendo “Gimme Shelter”, de 1970, o de maior sucesso. Assim como The Blossoms, Clayton teve sua história contada no documentário “A Um Passo do Estrelato”.