Casais para seguir e morrer de amor – com consciência política
Listamos oito casais para você conhecer e ser impactada pelo potencial dessas relações, que desafiam sistemas e constroem histórias únicas e inspiradoras
Por Amanda Stabile
12|06|2023
Alterado em 12|06|2023
O amor não tem nada a ver com fraqueza ou irracionalidade, como se costuma pensar. Ao contrário, significa potência: anuncia a possibilidade de rompermos o ciclo de perpetuação de dores e violências para caminharmos rumo a uma ‘sociedade amorosa’
Silvane Silva, doutora em história social
No prefácio do livro Tudo sobre o amor: novas perspectivas, da pensadora estadunidense bell hooks, Silvane Silva, doutora em história social, nos apresenta à ideia do amor como uma arma poderosa de luta e de transformação da sociedade. Afinal, amar dá trabalho e, quando feito em sociedades submersas e construídas sob bases machistas, patriarcais, racistas, homofóbicas e capitalistas, chega a ser algo revolucionário.
Para celebrar esse sentimento transformador, listamos oito casais para você conhecer e seguir nas redes sociais e ser impactada pelo potencial dessas relações, que desafiam sistemas e constroem histórias únicas e inspiradoras.
Juntas há mais de 40 anos, Nicinha e Jurema se conheceram na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, e vivem lá até hoje. O romance até se tornou o episódio de uma série documental na Netflix: “Meu Amor – Seis Histórias de Amor Verdadeiro” (2021).
A cientista social Nataly Neri cria conteúdos para o ambiente digital desde 2015 e, em suas redes, aborda temas como veganismo, sustentabilidade, slow living, moda consciente e relações raciais, sociais e de gênero. Jonas Maria é formado em Letras, escritor, criador de conteúdo, colunista, palestrante e consultor de diversidade. Em suas redes, também compartilha suas vivências, experiências e reflexões enquanto homem trans.
Em 2019, Thairone Cavalcanti e Eduardo Kunst criaram o canal DragBox no Youtube. Montados como drag queens, Tatá M. Shady e Olive Oil, respectivamente, os namorados produzem vídeos para as redes sociais contando histórias pessoais e falando de entretenimento, maquiagem e estilo de vida.
Adriana Arcebispo e Josimar Silveira são os pais de Akins, de 11 anos, e de Dandara, de 7. Essa é a Família Quilombo. Desde 2016, eles utilizam suas redes sociais para falar sobre afetividade e ancestralidade. A criação de filhes e a educação antirracista, a partir de suas vivências, também são compartilhadas e geram diversas reflexões em quem os acompanha.
Caê Vasconcelos é jornalista e roteirista e Ana Flor é a primeira travesti pedagoga formada pela Universidade Federal de Pernambuco (PE) e mestranda em Educação na Universidade de São Paulo (USP). Esse casal transcentrado fala, em suas redes, sobre temas variados e potentes, como esporte, transmasculinidades, política e transfeminismo.
Xan e Paulo são casados há 11 anos e pais de três. Eles moram em São Caetano do Sul (SP) e são donos do 50vintecinco, bar localizado no município. Conteúdos relacionados à divisão de demandas, relacionamento, maternidade e paternidade são frequentes nos perfis. Xan também cria conteúdos sobre autoestima e beleza, além de publicações de apoio emocional para mulheres negras e mães.
Aline Brito e Alessandra Ayabá são mães dos gêmeos Jamal e Jawari. Além de compartilhar o amor de duas mulheres pretas, lésbicas e da quebrada, elas também mostram, em seus perfis nas redes sociais, como é a maternidade feita por duas mães.
Esse jovem casal é apaixonado por viagens, gastronomia, bebida e fotografia. Moradores de Santo André (SP), eles são pais atípicos do Bento. Em seu perfil na rede social, o casal fala sobre diversidade e representatividade, mostra suas viagens e compartilha um pouco da criação do pequeno.
