6 mulheres que fizeram história em escolas de samba

No dia 11 de abril é comemorado o Dia da Escola de Samba

Por Beatriz de Oliveira

11|04|2023

Alterado em 19|05|2023

Legado cultural brasileiro, o samba tem raízes na casa de mulheres como Tia Ciata e ao longo de sua história há diversas mulheres que moldaram o ritmo musical. Com a criação das primeiras escolas de samba, no final da década de 1920, não foi diferente. Neste 11 de abril, Dia da Escola de Samba, conheça seis figuras femininas emblemáticas e que fizeram história nos carnavais.

Tia Eulália

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Tia Eulalia no Morro da Serrinha

Tia Eulália é uma das criadoras da escola de samba do Império Serrano. A fundação ocorreu no ano de 1947 em sua casa, em Madureira, zona norte do Rio de Janeiro (RJ). A sambista recebeu a carteirinha de número 1 da agremiação e só deixou de desfilar com a escola uma vez, no ano em que seu marido faleceu. Tia Eulália morreu aos 97 anos, em 2005, e se tornou símbolo da escola de samba Império Serrano.

Madrinha Eunice

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Madrinha Eunice fundou a escola de samba Lavapés

©acervo MIS

Madrinha Eunice é fundadora da escola de Lavapés, a agremiação mais antiga de São Paulo ainda em atividade. A inspiração para criar a escola no bairro da Liberdade veio ao conhecer o Carnaval da Praça Onze, no Rio de Janeiro. As cores escolhidas para a agremiação foram vermelho e branco, com o símbolo da baiana para representar as matriarcas do samba. Madrinha Eunice faleceu em 1995, aos 87 anos de idade.

Dona Ivone Lara

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Dona Ivone Lara foi cantora e compositora.

©acervo Dona Ivone Lara

Dona Ivone Lara foi a primeira mulher a integrar a ala de compositores de uma escola de samba, ao assinar em 1965 o “Os Cinco Bailes da História do Rio” da agremiação Império Serrano. A sambista gravou 15 álbuns, compôs muitas músicas e recebeu o apelido de Dama do Samba. Falecida em 2018, a cantora tem sua voz eternizada em canções como “Alguém me avisou” e “Sonho Meu”.

Tia Surica

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Tia Surica é presidente de honra e pastora da velha-guarda da Portela

©reprodução Facebook

Quando tinha 26 anos de idade, Tia Surica se tornou a primeira mulher a puxar o samba-enredo da Portela na avenida; o ano era 1966 e a escola foi campeã do Carnaval. A primeira vez que desfilou na Portela foi aos quatro anos de idade, depois disso não saiu mais, foi intérprete, baiana, integrante da ala do coro e baluarte. Hoje, aos 82 anos, é presidente de honra e pastora da velha-guarda da escola.

Dona Guga

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Dona Guga é presidente de honra da escola Morro da Casa Verde

©divulgação

A paulistana Dona Guga é filha do fundador da escola Morro da Casa Verde, Seu José de Nazaré, e respira samba desde a infância. Desfilou pela primeira vez quando tinha apenas dois anos de idade e foi a primeira rainha de bateria mirim da capital paulista. Em 1985, passou a presidir a agremiação, e hoje aos 77 anos de idade, é presidente de honra. Em 2017, foi condecorada Cidadã do Samba pela União das Escolas de Samba de São Paulo (UESP)

Maria Augusta

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Maria Augusta é carnavalesca

©reprodução

A carnavalesca Maria Augusta é conhecida por criar enredos de desfiles marcantes de escolas de samba. Na agremiação Salgueiro teve três enredos campeões: “Bahia de Todos os Deuses” (1969), “Festa para um Rei Negro” (1971) e “O Rei de França na Ilha de Assombração” (1974) . Depois, passou a integrar a equipe da agremiação União da Ilha do Governador. A carnavalesca também atuou como comentarista do Carnaval e hoje é jurada do prêmio Estandarte de Ouro, conhecido como o “Oscar do samba”.