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21 conteúdos para celebrar todas as formas de maternar

Listamos livros, filmes, música e perfis de mães para acompanhar e celebrar todas as formas de maternar. Confira!

Por Mariana Oliveira

11|10|2022

Alterado em 11|10|2022

Quando falamos em formas de maternar as alegrias e desafios estão inclusas no combo, mas devemos considerar também a variedade de realidades, seja pelo recorte de classe, raça, composição familiar e outros.

Com o recurso das redes sociais, algumas mães compartilham suas experiências de maternar de diferentes formas, desse modo, separamos alguns conteúdos para ler, assistir e ouvir, além de indicações de perfis para acompanhar na internet.

Confira abaixo.

PARA LER

“Alegrias da Maternidade”, de Buchi Emecheta, editora Dublinense, 1979
A escritora Cidinha da Silva indicou ao Nós o livro “Alegrias da Maternidade”, da escritora nigeriana Buchi Emecheta, publicado em 1979 pela Dublinense. Narra a história de Nnu Ego, filha de um líder africano enviada como esposa para um homem na capital da Nigéria. Determinada a realizar o sonho da maternidade, acaba se submetendo a condições precárias de vida, tendo que criar sozinha seus filhos. O livro mostra como ela luta pelas tradições de seu povo mesmo entre as adversidades.

“Maternidades no Plural”, de Deh Bastos, Glaucia Batista, Ligia Moreiras, Marcela Tiboni, Mariana Camardelli, Annie Baracat, Elisa Von Randow, editora Fontanar, 2021
Lançado em 2021 pela editora Fontanar, “Maternidades no Plural” traz o relato de seis mães e suas diferentes formas de maternar. Annie Baracat retrata seu processo de maternidade solo por opção após o processo de adoção. Ligia Moreiras, que nunca sonhou em ser mãe, ajuda outras mulheres que enfrentam o mesmo processo. Glaucia Batista, a mãe atípica, fala principalmente do desenvolvimento da linguagem na infância.

“A mãe da mãe de sua mãe e suas filhas”, de Maria José Silveira, editora Globo Livros, 2019
O romance de Maria José Silveira, publicado em 2019 pela Globo Livros, retoma os tempos escravagistas, apresentando a forma de como as mulheres lutavam para sobreviver à exploração do pau-brasil, da cana-de-açúcar e do ouro, à dominação e à opressão dos colonizadores e de seus parceiros.

PARA ASSISTIR

“Amor só de Mãe” (2020)

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Mulheres aprisionadas retratadas em “Amor só de mãe”

©Divulgação

Curta-metragem filmado na Cadeia Pública de Franca (SP) pelas diretoras Julia Hannud e Catharina Scarpellini. A dimensão do feminino, e o que significa a construção da própria identidade de gênero dentro do cárcere, são os temas centrais. O curta deu origem ao longa-metragem “Saudade Mundão”, que também fala sobre mulheres do mesmo sistema carcerário.
O curta pode ser assistido no youtube.

“Pieces of a Woman” (Pedaços de uma mulher – 2020)

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O longa aborda consequências emocionais de uma mulher após a perda do filho recém-nascido

©Reprodução

O longa do diretor húngaro Kornél Mundruczó, narra o luto de Martha (interpretada por Vanessa Kirby). O filme traz as angústias, os silêncios e desafios que essa mãe enfrenta inclusive para viver sua dor e luto. Vale assistir, mas se prepare, que é um filme de fazer chorar.
O filme pode ser assistido na Netflix.

“Mãe solo” (2021)

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O curta conta a histórias de mulheres, mães, pretas, moradoras de comunidades da cidade de Salvador, Brasil

©Aworan Produtora

Com recortes de raça e classe, o documentário de Camila de Moraes é construído a partir de falas de mães solo negras da periferia de Salvador. Sem apoio da família, do parceiro e do Estado, o longa mostra a realidade da maternidade no Brasil.
O documentário pode ser assistido através do site.

“Proibido Nascer no Paraíso” (2021)

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Mulheres grávidas e residentes na Ilha de Fernando de Noronha não podem ter seus filhos na Ilha por falta de estrutura médica

© Boulevard Filmes

O documentário surgiu após uma visita da jornalista e cineasta Joana Nin à Ilha.Traz a história de três mulheres, moradoras da Ilha de Fernando de Noronha, na reta final da gravidez. Após uma determinação do Estado, desde 2004 todas as grávidas são obrigadas a sair da ilha a partir do sétimo mês de gestação e ter seus filhos no continente.
O filme pode ser assistido na Globoplay.

PARA SEGUIR

Listamos perfis de mães negras que seguimos no Instagram para você também fortalecer e acompanhar.

Andressa Reis (@andressareiis)
Mãe preta, autora do livro infantil “Da cor que eu sou”, compartilha informações e experiências sobre seu processo de maternidade.

Ana Paula Xongani (@anapaulaxongani)
Ana Paula é empresária, designer, apresentadora, podcaster e colunista.

Camila Aguiar (@camilaaguiar_sp)
Mãe, doula e socióloga. Camila é feminista interseccional e antirracista, articuladora no Mulheres Negras Decidem. Criadora do curso de Doulas Interseccionais e Antirracistas em São Paulo.

Gabi Oliveira (@gabidepretas)
Gabi é comunicadora social, youtuber, podcaster e ativista. Nas redes, conta sobre o processo de adoção dos seus filhos.

Família Quilombo (@familiaquilombo)
Adriana Arcebispo, Josimar Silveira (Jones), Akins e Dandara. Uma família preta compartilhando afetividade, cuidado, educação antirracista e ancestralidade

Luciana Bento (@amaepreta)
Mãe preta, escritora e socióloga, fala sobre maternidade, negritude e literatura.

Mainha do Afrodengo (@lorenaife)
Jornalista, empreendedora e educomunicadora. Além de falar sobre maternidade, tem um perfil sobre relacionamentos afro.

Maternidade Sapatão (@maternidadesapatao)
Aline Brito e Alessandra Ayabá mostram como é a rotina sendo mães do Jamal e Jawari, e um processo de maternidade preta e lésbica.

Priscila Obaci (@priscilaobaci)
A arte-educadora e autora do Poesias Pós Parto (@poesiasposparto), compartilha sua vivência materna com seus filhos Melik Rudá e Bakari Mairê.

Viviane Pires (@oimaternidade)
Mãe da Luma e do Jorge, Viviane mostra em seu perfil vida preta em família e seu processo no papel materno.

Xan Ravelli (@xanravelli)
Mulher preta, feminista, empresária, apresentadora de TV, esposa e mãe. Nas redes fala sobre  apoio emocional e vida preta em família.

PARA OUVIR

Mama Respect (Marina Peralta, 2018)
O reggae de Marina Peralta foi lançado após o nascimento de sua primeira filha, e narra uma nova forma de enxergar a vida, a partir do olhar materno.

Amor Só De Mãe (Detentos do Rap, 2003)
Do álbum “Amor… Só de Mãe o Resto é Puro Ódio”, a música aborda diversas vivências de um jovem, com amigos e relacionamentos. Porém, no fim do dia, reconhece que o único e sincero amor que recebe vem da figura materna, a pessoa que sempre está ali para cuidar e perdoar.

Maternativa (2019/2020)
Embora já finalizado, o podcast discute sobre maternidades negras e o equilíbrio com o lado profissional. Cada episódio conta com a participação de uma convidada relatando suas experiências.


Esta lista foi enviada em primeira mão para os assinantes da nossa campanha de apoio recorrente do Catarse.