espermatozoides e teste de gravidez

Vasectomia no SUS: cirurgia é feita em 15 minutos (e não te deixa broxa)

Apesar de ser uma cirurgia simples e oferecida pelo SUS, a vasectomia é menos realizada do que a laqueadura

Por Beatriz de Oliveira

15|03|2024

Alterado em 15|03|2024

Laqueadura e vasectomia são métodos de esterilização cirúrgica que podem ser realizados por mulheres e homens que não querem ter filhos – ou que já tenham e não desejem ter mais. Ambos, procedimentos podem ser realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar disso, homens procuram menos pelo serviço, em comparação às mulheres. 

Na vasectomia, é feito o bloqueio do canal que realiza o fluxo de espermatozoides dos testículos para a próstata. Enquanto, na laqueadura, se realiza o corte das tubas uterinas, que conduzem os óvulos do ovário ao útero.

Em 2022, segundo informações do DataSUS, o número de mulheres que realizaram cirurgia para esterilização foi o dobro dos homens: foram 104,8 mil laqueaduras e 51,5 mil vasectomias. No ano anterior, 2021, a diferença foi ainda maior: 71 mil laqueaduras e 25 mil vasectomias, respectivamente. 

Outros métodos contraceptivos oferecidos pelo SUS são: anticoncepcional injetável, minipílula, pílula combinada, diafragma, pílula anticoncepcional de emergência, preservativo feminino e preservativo masculino.

Como funciona a vasectomia pelo SUS?

Em março de 2023, entraram em vigor mudanças para a realização dessas cirurgias. A idade mínima passou de 25 para 21 anos, e foi retirada a necessidade de autorização do cônjuge.

Sendo assim, para fazer a vasectomia pelo SUS é necessário ir até uma unidade básica de saúde e informar sobre a vontade de usar o método contraceptivo. Os pré-requisitos são ter ao menos 21 anos de idade ou dois filhos vivos.

Após manifestar interesse pelo método, o paciente é atendido por equipe médica para receber orientações. Também é necessário concordar com manifestação pela cirurgia em documento escrito e firmado.

A cirurgia é rápida, dura entre 15 e 20 minutos, e não se faz necessária internação. Também não há risco algum de provocar impotência sexual.

Depois da vasectomia, é necessário utilizar outro método contraceptivo por ao menos 90 dias. O SUS não oferece cirurgia de reversão para esse procedimento.