Perigo em dobro durante a crise da água: Dengue e febre chikungunya
Com a falta de água ocorrendo em muitos bairros, em especial da cidade de São Paulo, a famílias vêm armazenando água em recipientes como baldes e galões. Essa prática contribui para o crescimento do número de casos de dengue e febre chikungunya, uma vez que o mosquito transmissor da doença se reproduz em água parada […]
Por Redação
26|02|2015
Alterado em 26|02|2015
Com a falta de água ocorrendo em muitos bairros, em especial da cidade de São Paulo, a famílias vêm armazenando água em recipientes como baldes e galões. Essa prática contribui para o crescimento do número de casos de dengue e febre chikungunya, uma vez que o mosquito transmissor da doença se reproduz em água parada e limpa.
O último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde mostra que em 2015 foram registrados 103.616 de dengue no país. A região Sudeste teve o maior número de casos notificados: 60,5% em relação ao total do país.
Crédito: Patrícia Garcia / Flickr
O número de casos de Febre Chikungunya também aumentaram 65% num período de um mês e meio no Brasil. O boletim de dezembro de 2014 aponta que a doença se espalhou pelo país. As infecções ocorreram no Amapá, Bahia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal agora também aparece nas estatísticas, com 3 casos confirmados. Até o momento, os casos que apareceram no estado de São Paulo, vieram importados de outros estados como Amapá e Bahia.
Dengue e Chikungunya são dois vírus transmitidos pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti, e, menos comumente, pelo mosquito Aedes albopictus. O Aedes aegypti mede menos de um centímetro, preto com listras brancas no corpo e nas pernas.
A fêmea do mosquito pica a pessoa infectada, mantém o vírus em sua saliva e o retransmite em novas picadas. A transmissão ocorre pelo ciclo homem-Aedes aegypti-homem. Após a ingestão de sangue infectado, a fêmea do inseto passa por um período de incubação. Depois desse período, o mosquito torna-se apto a transmitir o vírus e assim permanece durante toda a vida. O mosquito transmitirá o vírus em todas as picadas que realizar a partir dali.
Dicas para ficar livre da doença
Se armazenar água, deixe os recipientes tampados evitando que os mosquitos se reproduzam. Ao notar a presença de sintomas, procure o posto de saúde mais próximo.
Diagnóstico
As pessoas com suspeita de dengue não devem tomar nenhum remédio que contenha ácido acetilsalicílico porque esse medicamento bloqueia a coagulação de plaquetas aumentando risco de complicação hemorrágica. A dengue pode baixar muito o número de plaquetas. Os outros remédios anti-inflamatórios também desativam plaquetas.
Os exames que podem ser feitos para diagnosticar a dengue são: prova do laço e exame de sangue. Na prova do laço, a pessoa tem o braço preso por alguns minutos. O enfermeiro usa o aparelho de medir pressão, verificando se apareceram pintas vermelhas. O teste é positivo quando há vinte pintas vermelhas nos adultos e acima de dez nas crianças.
Fique atento aos sintomas
Ambos os vírus causam sintomas parecidos, como febre, dor de cabeça e dor muscular. Por isso, pode haver dificuldade de diferenciar os dois.
Apesar de parecidos, são vírus diferentes e ter contraído um deles não significa que estará imune ao outro. Quem já pegou dengue, portanto, não está imune ao chikungunya. O fato de já ter tido dengue também não determina que uma infecção por chikungunya seja mais grave. A dengue possui quatro subtipos e o chikungunya é único. Uma vez que a pessoa é infectada e se recupera, ela se torna imune à doença.