créditos: Tamiris Gomes

Nós, mulheres da periferia abrimos as portas do nosso site na Ação Educativa

Na noite da última quarta feira dia 4 de junho, quem entrava no auditório da Ação Educativa via uma mesa coberta com chita, com torradas, patê, geleia, balas, salgadinhos, refrigerante e chá trazendo aromas e paladares caseiros. Do lado esquerdo almofadas e tecidos coloridos no chão. Do lado direito cadeiras. No fundo um telão com […]

Por Redação

06|06|2014

Alterado em 06|06|2014

Na noite da última quarta feira dia 4 de junho, quem entrava no auditório da Ação Educativa via uma mesa coberta com chita, com torradas, patê, geleia, balas, salgadinhos, refrigerante e chá trazendo aromas e paladares caseiros. Do lado esquerdo almofadas e tecidos coloridos no chão. Do lado direito cadeiras. No fundo um telão com imagens do site recém inaugurado. A discotecagem foi feita pela DJ Vivian Marques. Como se fosse a nossa casa, foi assim que planejamos receber quem pode vir pessoalmente no lançamento do site do Nós, mulheres da periferia. Depois de abrirmos oficialmente nossas portas virtuais, foi a vez de abrir nossos sorrisos, nossos braços e ouvidos para o primeiro contato cara a cara com o público.

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Auditório da Ação Educativa


O lançamento começou com a leitura do manifesto Quem somos por todas as integrantes do coletivo. Nesse texto falamos de vários perfis e situações vividas pelas mulheres da periferia. Logo depois a integrante Semayat Oliveira contou como surgiu a ideia do coletivo Nós, mulheres da periferia.
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Esquerda: Diana do Nascimento, moradora da Favela da Paz. Centro: Jéssica Moreira. Direita: Luciane Maria de Souza, moradora da Ocupação Esperança


Jéssica Moreira, outra integrante, mediou o debate “Moradia: luta e desafios das mulheres da periferia”, que foi uma roda de conversa com as representantes de ocupações Luciane Maria de Souza, 34 moradora da ocupação Esperança, localizada em Osasco – SP e Diana do Nascimento, 37, moradora e líder comunitária da Favela da Paz, no bairro de Itaquera na capital paulista.
Ambas contaram suas trajetórias de vida até chegarem às ocupações. Sobre os desafios do dia a dia, elas falaram de dificuldades como lidar com casos de violência contra a mulher, a preocupação de deitar e não dormir pensando numa possível desapropriação. Muitas falas das moradoras de ocupação foram interrompidas por lágrimas de emoção ao lembrarem de suas vivências. Ambas agradeceram a oportunidade de contarem suas histórias. Diana disse que várias jornalistas já estiveram na Favela da Paz, quando a Lívia Lima do Nós, mulheres da periferia apareceu ela estava desconfiada, mas dessa vez ela mesma pode vir contar sua história diante de dezenas de pessoas. Esse contato que tivemos vem do nosso diferencial de sermos todas moradoras da periferia e conhecermos essas realidades, sendo pessoas que olham as outras frente a frente, e não de cima.
O público presente fez várias perguntas não só somente para as convidadas do debate, mas também sobre o projeto Nós, mulheres da periferia, como seriam os próximos textos, como se dariam as parcerias com grupos já existentes nas periferias.
Após o debate o sarau de mulheres foi realizado por Queila Rodrigues, Camila Freitas, Carmem Faustino, Elizandra Souza e Raquel Almeida que emocionaram a todos com seus textos sobre a mulher, alguns saídos do livro Pretextos de Mulheres Negras.
No final distribuímos rosas da cor amarela para as convidadas. Oferecemos um brigadeiro para levar o doce para a vida e entregamos nossos cartões para apresentar nosso site, receber ideias e sugestões.
O primeiro contato oficial com o público foi muito positivo e emocionante.  Agradecemos a presença e o carinho de todos desejando que seja o primeiro de vários encontros.  Até o próximo!
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Auditório da Ação Educativa