Crédito: Lívia Lima

Guaianases se tornou o bairro a receber a primeira biblioteca feminista do país

No último sábado, dia 4 de julho, foi inaugurado o espaço temático para mulheres na Biblioteca Municipal Cora Coralina, em Guaianases, zona leste de São Paulo, com acervo especializado. O projeto é da Secretaria Municipal de Cultura e Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres. Para a inauguração, aconteceu um evento com apresentações culturais, com a […]

Por Lívia Lima

07|07|2015

Alterado em 07|07|2015

No último sábado, dia 4 de julho, foi inaugurado o espaço temático para mulheres na Biblioteca Municipal Cora Coralina, em Guaianases, zona leste de São Paulo, com acervo especializado. O projeto é da Secretaria Municipal de Cultura e Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres.

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O prefeito Fernando Haddad e o secretário de Direitos Humanos e Cidadania do Município de São Paulo Eduardo Suplicy na inauguração da biblioteca feminista


Para a inauguração, aconteceu um evento com apresentações culturais, com a presença do prefeito Fernando Haddad, a vice-prefeita Nádia Campeão, o secretário de cultura Nabil Bonduki, dentre outros representantes públicos.
Segundo a historiadora e professora universitária Margareth Rago, que compareceu ao evento, trata-se da primeira biblioteca feminista do Brasil. “A biblioteca tem uma grande importância para a zona leste, claro, mas é também uma conquista para o país. O espaço oferece a oportunidade de acesso às histórias das mulheres e também permite a criação de novas histórias, a pesquisa”, afirma.
Das 54 bibliotecas públicas da cidade, 10 são temáticas, e, além do acervo comum da rede, oferecem material especializado e também abrem o espaço para programação sobre o tema. Ana Beatriz Souza, da Secretaria Municipal de Cultura, explicou que a escolha de Guaianases para sediar o espaço feminista foi muito simbólica.  “A região de Guaianases é muito importante para a história de luta das mulheres, tem um histórico grande do movimento organizado e a Cora Coralina é uma marcante escritora brasileira”, afirma.
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Para compor o espaço temático, foi realizada uma ambientação por meio de oficinas de pintura, fotografia, que contaram com a participação de mulheres da região, organizadas pela artista plástica Biba Rigo.
A biblioteca Cora Coralina, antes mesmo de se tornar oficialmente feminista, já era ocupada por movimentos de mulheres do bairro, como o coletivo Juntas na Luta, que organizava mensalmente um sarau feminista no local.
A educadora Aline Santos Moreno, 24 anos, que integra o coletivo, acredita que as mulheres de Guaianases vão usufruir da biblioteca. “Para a gente que já realizava as atividades foi como um sonho. Acredito que as mulheres vão participar e se apropriar. A biblioteca é de todos, mas esse espacinho para as mulheres é importante”.

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