Logo que o cenário de destruição causado pelas fortes chuvas e falta de planejamento urbano no Rio Grande do Sul tomou conta dos noticiários, organizações e pessoas de todo o país se mobilizaram para realizar doações ao estado. Apesar disso, circulam vídeos e relatos nas redes sociais de voluntários que recebem doações de roupas e calçados manchados, rasgados e até calcinhas sujas de menstruação.

Toda ajuda é bem-vinda nesse momento, mas é preciso ter em mente alguns cuidados antes de realizar doações. Por isso, reunimos aqui orientações de como organizar donativos da melhor forma. Veja abaixo.

Conforme orientações dos Correios, que estão recebendo doações em todas as agências do país, vale também separar e identificar os itens por categorias e colocar em caixas ou sacolas que podem ser fechadas ou amarradas. Além disso, é importante escolher caixas ou sacolas com boa vedação para não haver rasgos ou furos.

Em 16 de maio, os Correios suspenderam temporariamente o recebimentos de roupas para doações ao Rio Grande do Sul. As peças de vestuário representam cerca de 70% dos donativos entregues à empresa estatal, e no momento há outras prioridades de doações. São essas:

Apesar da suspensão dos Correios, há iniciativas da sociedade civil que continuam recebendo roupas. É o caso do instituto Negras Plurais, que recolhe doações principalmente de roupas de frio, cobertores e mantas. “Nós precisamos de comida, roupa de frio, cestas básicas e também materiais de limpeza, já que a água está baixando e as pessoas estão voltando para suas casas e está tudo debaixo de lama”, afirma a voluntária Malu Rosa.

Malu pontua também que é importante que a população continue doando, pois a tragédia ainda é latente. “A situação não acabou, agora vem a tentativa de reconstrução das cidades, dos estados, das famílias. Nós estamos esgotados porque o sofrimento é gigantesco”.