Dicas culturais para celebrar a visibilidade lésbica

A jornalista Lívia Lima selecionou algumas atividades culturais que acontecem no fim do mês da Visibilidade Lésbica. Confira!

Por Lívia Lima

26|08|2022

Alterado em 26|08|2022

Agosto é considerado o mês do orgulho e da luta pela visibilidade lésbica. Em 19 de agosto se comemora o Dia do Ogulho Lésbico, pois na data se relembra os protestos que mulheres realizaram em São Paulo no Ferro’s Bar, em 1983, reivindicando espaço e respeito. 

O evento foi considerado o “Stonewall brasileiro”, que faz referência ao 28 de junho de 1969, marcado pela perseguição policial e repressão aos LGBTQIAP+ em Nova York, mais precisamente no bar Stonewall Inn.

Já 29 de agosto é considerado o Dia da Visibilidade Lésbica, pois homenageia a data do 1ª Seminário Nacional de Lésbicas (SENALE), que ocorreu em 1996.

Nós selecionamos algumas atividades culturais que acontecem no fim do mês especial. Confira!

Faminta

Na sexta-feira, 26 de agosto, às 21h, o Sesc Belenzinho, na zona leste de São Paulo, recebe a cantora e compositora Bia Ferreira com o show de lançamento do álbum “Faminta”.

Sua música, que ela define como “MMP – Música de Mulher Preta”, trata de temas como feminismo, antirracismo e LGBTfobia.

Seu primeiro álbum, “Igreja Lesbiteriana, Um Chamado” foi lançado em 2019. As músicas e letras trazem fortes referências do soul, reggae, blues, funk, R&B e gospel. 

Entre suas influências também estão Angela Davis, Assata Shakur, Leci Brandão, Conceição Evaristo, Erica Malunguinho, Preta Rara, Eva Rap Diva, Sueli Carneiro, dentre outras personagens negras da literatura, música, feminismo e ativismo antirracista.

Os ingressos custam de R$12 a R$40. 

Fábricas de Cultura

Durante o mês de agosto as Fábricas de Cultura, equipamentos públicos do estado de São Paulo, promovem diversas atividades online. 

No sábado, dia 27, às 15h, será transmitida pelo Youtube a palestra sobre LGBTfobia com Laura Finocchiaro, cantora, compositora e arte-educadora.

Domingo, dia 28, às 17h, acontece transmissão do Slam Capão pelo Facebook, que recebe Jéssica Campos, poeta e organizadora do Sarau do Capão e autora dos livros “Transcrevendo à Marginalidade” (2020) e “Marginalizando o Amor” (2022). 

A conversa será sobre a Importância da Leitura para a Autoestima de Mulheres Lésbicas, dialogando sobre a presença delas na literatura, tanto como autoras como personagens.

Na segunda-feira, 29 de agosto, Dia da Visibilidade Lésbica, acontece live no Youtube às 16h com participação da cantora Maria Beraldo com foco em seu álbum de estreia, Cavala (2018), que traz muito da sua sexualidade. 

A programação do mês termina no dia 30 de agosto, às 19h, com o bate-papo Visibilidade Lésbica com a psicóloga e palestrante Alaine Santana. A conversa transmitida pelo Facebook das Fábricas de Cultura tem como foco a visibilidade de lésbicas negras, suas vivências e saúde mental.

Samba Negras em Marcha

No domingo, às 15h, o Instituto Moreira Salles, em São Paulo, recebe o grupo Samba Negras em Marcha. Criado em 2015 a partir de um encontro de artistas em torno da Marcha das Mulheres Negras, o grupo faz do samba e de outros ritmos afro-brasileiros o pano de fundo das bandeiras de luta contra o racismo, o machismo e a LGBTfobia, priorizando no repertório cantoras e compositoras negras. 

Na apresentação elas propõem um diálogo com Carolina Maria de Jesus e tem participação da MC Luana Hansen, parceira do grupo desde sua fundação. O IMS Paulista fica na Avenida Paulista, 2424, em São Paulo (SP) e a entrada é gratuita.