Eduardo Pazuello, ex-ministro da saúde, em depoimento à CPI da Pandemia

Conversa de Portão #37: a CPI da pandemia vai acabar em pizza?

O que é e como funciona a CPI da Pandemia? Para entender esta e outras dúvidas, o Nós, mulheres da periferia conversa com a advogada Sheila de Carvalho e escuta as dúvidas de outras mulheres das periferias. Confira!

Por Redação

01|06|2021

- Alterado em 20|09|2021

“Será que essa CPI vai alcançar a finalidade a que se dispõe? Realmente esclarecer os fatos e dar nome aos bois. Ou vai terminar tudo em pizza e nada vai ser resolvido e vai ficar tudo sobre panos quentes?”.

A fala acima é de Maria do Bom Parto, de Olinda, Pernambuco, e se encontra às dúvidas de toda a população brasileira, que aguarda ansiosamente por cada capítulo da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Pandemia.

Segundo o DataSenado, 65% da população sabe da existência da CPI da Pandemia; de acordo com o DataFolha, 85% apoiaram sua abertura. Mas será que todo mundo sabe para que serve efetivamente uma CPI?

Instalada no Senado Federal no fim de abril de 2021 para investigar as ações e omissões do Governo Federal no enfrentamento à Covid-19 no Brasil, a CPI é uma forma de entender como foi o trabalho de Bolsonaro, e as medidas que tomou ou não para salvar a população.

Fomos nos portões das nossas vizinhas para conferir as dúvidas, e também entrevistamos a advogada internacional focada de direitos humanos, Sheila de Carvalho, que integra a Uneafro e a Coalizão Negra Por Direitos, que aponta que desde o ano passado a CPI já era vislumbrada entre políticos e movimentos sociais.

“Um presidente que fazia chacota em relação à vida, que desobedecia em todos os momentos possíveis qualquer medida. Disse não pra única coisa que podia nos salvar disso, que era a vacina”, aponta.

“Se o Presidente da República tivesse assumido sua responsabilidade, adquirido as vacinas no tempo que foi dado a ele a oportunidade, a gente não estaria tendo essas vidas perdidas como hoje. Isso é genocídio”, diz a advogada.

A CPI possui um presidente, o senador Omar Aziz, um relator, Renan Calheiros, e outros 11 senadores. Nenhum deles é negro e não há nenhuma mulher. “A ausência de representatividade é uma coisa grave dentro da dinâmica dos poderes. E a CPI é a cara do parlamento, especialmente a cara do Senado: um monte de homem branco reunido tomando as decisões em relação às políticas do nosso país”.

Para saber a resposta de Sheila para a pergunta ‘Será que tudo vai acabar em pizza?‘ e entender de onde vem essa histórica expressão, confira agora mesmo o episódio na íntegra no Spotify: