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5 poetas e escritoras afrolatinas para conhecer

Quais são suas poetas e escritoras afrolatinas preferidas? A jornalista Lívia Lima listou as dela. Confira!

Por Lívia Lima

15|07|2022

Alterado em 15|07|2022

Neste Julho das Pretas destacamos o protagonismo e importância de mulheres negras em diferentes linguagens artísticas.

Nesta edição, indicamos algumas poetas e escritoras afrolatinas para conhecer e aprender sobre seu trabalho e obra!

Victoria Santa Cruz (Peru)

Victoria Eugenia Santa Cruz Gamarra (1922- 2014) é uma poeta, coreógrafa, figurinista, folclorista e ativista peruana. É reconhecida como uma das pioneiras no renascimento da cultura negra no Peru nas décadas de 60 e 70.

Estudou na Universidade do Teatro das Nações, na França, e fundou a companhia Teatro y Danzas Negras del Perú, em 1968. Foi diretora do Primer Festival de Arte Negra del Perú, organizado em 1971.

Sua performance “Gritaram-me negra” é impactante: 

Luz Argentina Chiriboga (Equador)

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Uma das primeiras a abordar a dualidade das culturas africana e hispânica.

©Edizon León

Luz Argentina Chiriboga (1940) é uma escritora, ecologista e linguista do Equador. Foi uma das pioneiras ao abordar a dualidade das culturas africana e hispânica. É defensora dos direitos humanos das mulheres negras e em sua poesia e romances escreve sobre mulheres de maneiras que desafiam estereótipos preconcebidos.

Seu conto ‘El Cristo de la mirada baja’ ganhou o prêmio no Concurso Internacional de Literatura do Libertador General San Martín, realizado em Buenos Aires em 1986. Tem obras traduzidas para inglês, francês e italiano. 

Teresa Cárdenas (Cuba)

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Sua motivação para tornar-se escritora veio ainda na infância, quando começou a ler e ficou frustrada com a ausência de personagens negras nos livros infantis.

©UFCA - Universidade Federal do Cariri

Teresa Cárdenas Angulo é escritora, roteirista, atriz, bailarina e ativista social cubana. Nasceu em 1970.  Sua inspiração para escrever vem desde a infância e possui grande produção para crianças, como as obras premiadas “Cuentos de Macucupé” e “Cuentos de Olofi”. 

Seu livro “Cartas al cielo”, de 1997, tem uma edição traduzida em português como “Cartas para minha mãe” (Ed. Pallas). A obra conta a história de uma menina que escreve para a mãe já morta, e que vivencia diferentes situações de racismo em seu cotidiano. 

Mary Grueso (Colômbia)

Mary Grueso Romero nasceu em 1947 em Guapi, Colômbia. É professora, poetisa e contadora de histórias, pioneira da literatura infantil afro-colombiana. É especialista em ensino de Literatura pela Universidade de Quindío. 

Já recebeu vários prêmios, incluindo o Almanegra, o mais alto reconhecimento das escritoras colombianas.  Foi reconhecida em 2010 pelo Conselho Presidencial para a Eqüidade da Mulher e pela Câmara de Comércio de Cali, como uma das ‘Cem Mulheres Mais Destacadas do Vale do Cauca’. 

Possui cinco livros publicados, dentre eles “El otro yo que si soy”, “Mi gente, mi tierra y mi mar”, além de participações em antologias como “¡ Negras Somos!”. 

Confira a escritora declamando seu poema “Negra Soy”:

Cristina Rodríguez Cabral (Uruguai)

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Cristina Rodríguez Cabral, é uma poeta, professora, pesquisadora e ativista afro-uruguaia.

©Bruce Depyssler

Cristina Rodríguez Cabral nasceu em 1959 em Montevideo, Uruguai. É poeta, professora e pesquisadora. Tem formação acadêmica em Sociologia e Enfermagem, além de doutorado em Filosofia pela Universidade do Missouri (EUA). 

A autora escreve literatura desde criança e teve seus primeiros textos nas publicações da organização ‘Mundo Afro’, na qual militava pelos direitos dos afrodescendentes no Uruguai. 

Em 1986, sua obra em prosa “Bahía, mágica Bahía” obteve o Prêmio Casa de las Américas. Atualmente reside nos Estados Unidos, onde trabalha como pesquisadora e professora universitária.