Mães de Maio realiza pesquisa sobre mortes violentas

Movimento está promovendo uma pesquisa sobre o que mudou na vida de familiares de pessoas mortas pela polícia ou outras forças de segurança.

Por Carolina Messias

25|02|2021

Alterado em 25|02|2021

Você teve algum familiar morto pela polícia? Você adoeceu e até hoje sente os efeitos dessa violência? Justamente isso que o Movimento Mães de Maio quer saber através de uma pesquisa de escuta contra a impunidade do Estado.

O objetivo é entender melhor os efeitos dessa violência para conseguir mudar essa realidade. A pesquisa dura em média 7 minutos para ser preenchida. Clique aqui para responder.

Histórico

Maio de 2006 ficou conhecido como o mês mais sangrento da cidade de São Paulo devido ao caos entre ataques do crime organizado a alvos policiais. Foram mortos 59 policiais pelo crime organizado e, como retaliação, homens encapuzados, incluindo policiais, assassinaram 505  pessoas.

Maio, que também é conhecido pelo mês das mães, foi o mês que mudou completamente a vida das mães das vítimas dos jovens mortos durante esse período.

Em Santos, no litoral paulista, vivia Débora da Silva, mãe de um casal de jovens. Ela estava escutando no rádio um programa policial quando escutou o nome de seu filho Edson Rogério Silva dos Santos, de 29 anos, como um dos corpos que precisava ser reconhecido no IML da cidade.

Hoje, quinze anos após o massacre, Débora é a líder do movimento Mães de Maio, grupo de mulheres de diferentes cidades que se uniram para partilhar suas dores e se constituiu como um dos principais movimentos sociais do Brasil da atualidade.

As Mães de Maio iniciaram suas atividades denunciando os crimes provocados pelo Estado diante da morte de seus filhos e da ausência de investigação. Também defendem a desmilitarização da polícia e o fim do sistema capitalista.

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“No meu entender como mãe, nada mais justo no país genocida da nossa população, nosso povo, que é esquecido das políticas sociais, seja lembrado”

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