Elas fazem moda: 8 estilistas negras e indígenas para acompanhar

Elas fazem moda: 8 estilistas negras e indígenas para acompanhar

Buscando referências na ancestralidade e nas manifestações culturais brasileiras, estilistas negras e indígenas criam peças em um meio elitizado.

Por Beatriz de Oliveira

06|05|2022

Alterado em 06|05|2022

Numa busca por maior diversidade na indústria da moda, há estilistas negras e indígenas inserindo seus olhares e ideias em peças de roupas em todo país.

Com resgate da ancestralidade e das diversas manifestações culturais brasileiras, algumas delas têm reconhecimento internacional.

Selecionamos oito estilistas negras e indígenas para você conhecer e seguir nas redes sociais.

Confira!

Carol Barreto (@carolbarretocob)

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Carol Barreto.

© reprodução Instagram

Professora do Departamento de Estudos de Gênero e Feminismo da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Carol Barreto é artista e designer de moda autoral. Em seus trabalhos discute a relação da moda com ativismos feministas e antirracistas. Seus projetos já chegaram até as passarelas de Paris, Luanda, Chicago, Toronto, Nova York e Cidade do México, além de alguns estados brasileiros. Oriunda de Santo Amaro da Purificação, na Bahia, Carol é criadora do projeto Modativismo, um ateliê escola que pensa como a moda pode contribuir para questões de gênero e raça. 

Day Molina (@molina.ela)

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Day Molina

©divulgação / Instagram

Há mais de uma década no ramo da moda, a estilista Dayana Molina busca descolonizar esse meio e trazer maior protagonismo aos criadores indígenas. Criada em Niterói (RJ), tem família com origem na aldeia indígena Fulni-ó, em Pernambuco. Day é dona da marca NALIMO, que comprometida com a responsabilidade ambiental, conta com peças próximas ao estilo minimalista e com códigos ancestrais. A estilista foi uma das convidadas do Baile da Vogue de 2022, “uma mulher indígena descolonizando esse espaço embranquecido e tradicionalmente elitista, é ato político”, disse em seu Instagram. 

Goya Lopes (@goyalopesdesignbrasileiro)

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Goya Lopes

©arquivo pessoal

A artista plástica e designer Goya Lopes é uma das pioneiras a trabalhar de maneira criativa com a moda afro-brasileira, está nesse mercado há cerca de quarenta anos. Seus trabalhos dialogam com a história da população negra ao usar estampas inspiradas em vestes típicas de diferentes povos da África. A baiana é dona da loja Goya Lopes Design Brasileiro e já vestiu nomes como o cantor jamaicano Jimmy Cliff e o músico brasileiro Moraes Moreira.  

Jal Vieira (@jalvieirabrand)

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Jal Vieira.

©reprodução Instagram

Vencedora do Prêmio Geração Glamour 2021 na categoria Estilista do Ano, Jal Vieira, é designer de moda. Dona da marca a Jal Vieira Brand, faz parte do coletivo de moda Célula Preta, formado por estilistas negros. Em 2021, assinou uma coleção de roupas sob o  selo Marvel, trata-se da linha Realeza, inspirada na Wakanda do filme Pantera Negra. 

Laís Da Lama (@laisdalama)

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Lais Da Lama.

©reprodução Instagram

Da zona leste da cidade de São Paulo (SP), Laís Da Lama é graffiteira, estilista, artista visual e arte educadora. Na loja DA LAMA, faz moda na periferia e busca por novos olhares para o corpo e o vestir. As roupas são inspiradas na ancestralidade africana, arte manual indígena brasileira, ressignificação de roupas que seriam descartadas e histórias de mulheres. Também produz figurinos e adereços sob medida. 

Naya Violeta (@nayavioleta)

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Naya Violeta.

©reprodução Instagram

A designer Naya Violeta criou em 2007 uma marca de mesmo nome, em que cria peças a partir de um olhar pessoal e afetivo. Ela, que cresceu em quintais de tias costureiras, busca a representatividade da moda preta, com referência na ancestralidade e manifestações culturais afro-brasileiras. Em 2021, foi a primeira estilista goiana a participar da São Paulo Fashion Week. Em 2022, marcou presença no Baile da Vogue e assinou o look de uma das convidadas. 

Seanny Oliveira (@seannyartes)

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Seanny Oliveira.

©reprodução Instagram

A estilista, design de moda e artista visual Seanny Oliveira é dona da Seanny Artes e Produções, um ateliê artístico e loja de roupas e artesanatos. De Manaus (AM), Seanny, que tem origem na etnia Munduruku, trabalha no ramo da moda desde 2017. Em 2022, organizou a I Mostra Intercultural de Moda Indígena, que reuniu modelos e estilistas de diferentes etnias no Parque das Tribos, bairro indígena de Manaus. 

We’e’ena Tikuna (@weena_tikuna)

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We’e’ena Tikuna.

© reprodução Instagram

We’e’ena Tikuna é artista, estilista, nutricionista e palestrante. Nascida na aldeia da Terra Indígena Tikuna Umariaçu, no Amazonas, We’e’ena lançou em 2019 sua grife de roupas na Brasil Eco Fashion Week. A artista tem também uma linha de bonecas indígenas, inspiradas no povo Tikuna.