Cinco livros de autoras negras para começar o ano
Se deseja desbravar novas leituras em 2023, esta lista é para você. Confira cinco livros de diferentes autoras negras para ficar de olho.
Por Mariana Oliveira
12|01|2023
Alterado em 16|01|2023
Começamos o ano sempre com novos planos e metas na cabeça: começar a dieta, economizar, engatar em um relacionamento (ou não). Na lista de novas metas para o ano que se inicia, que tal enegrecer sua estante? Para te ajudar a introduzir um novo ritmo de leituras, listamos aqui cinco livros escritos por mulheres negras, dos mais diversos estilos, gêneros e nacionalidades para se aventurar. Confira!
A Casa Amarela, por Sarah M. Broom (Editora Darkside, 2021)
O romance biográfico de Sarah M. Broom imortaliza toda a linhagem de uma família sobrevivente de dois furacões, o Betsy em 1965 e o Katrina em 2005 nos Estados Unidos.
A casa amarela, mesmo antes de ela existir, é um símbolo que marca o sofrimento da família. O descaso do Estado com uma promessa vazia de reconstrução do que restou das moradias após a devastação.
Em Busca de Mim, por Viola Davis (Editora BestSeller, 2022)
No autobiográfico “Em Busca de Mim” é possível se conectar com o passado de Viola Davis, desde sua infância. A relação que mantinha com os pais e irmãos. Relatos de pobreza e racismo na escola e em diferentes momentos na vida.
Viola abre seu coração sobre como a representatividade de seus personagens têm em sua vida. Confessa também, momentos de crise existencial ao longo dos anos, que quase a fez desistir da carreira de atriz.
Canção para ninar menino grande, por Conceição Evaristo (Editora Pallas, 2022)
O recente lançamento de Conceição Evaristo aborda experiências negras a partir de Fio Jasmim. Com o personagem são discutidas as contradições e complexidades em torno da masculinidade de homens negros e os efeitos nas relações com as mulheres negras.
Garota, mulher, outras, por Bernardine Evaristo (Editora Companhia das Letras, 2020)
O romance vencedor do Booker Prize (um dos principais prêmios literários do Reino Unido) em 2019, e também entrou na lista de favoritos do ano do ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, discute identidade, raça e sexualidade.
Como premissa, são contadas dificuldades e lutas de pessoas para sobreviver na cidade de Londres, após a votação do Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia em 2016). Em meio as dificuldades, as mulheres do livro trazem reflexões sobre o machismo, o racismo e a estrutura da sociedade.
Cartas para Martin, por Nic Stone (Editora Intrínseca, 2020)
Recomendado para maiores de 14 anos, o livro escrito por Nic Stone representa o racismo sofrido por jovens norte-americanos em uma linguagem simples e cotidiana.
A trama conta a história de Justyce, um garoto negro de 17 anos de Atlanta (EUA) no último ano do ensino médio. A partir de sua realidade, inicia um experimento: ser como Martin Luther King. A cada situação em que se sente desconfortável por racismo, escreve cartas para Martin em forma de revolta e desabafo.