Da direção ao elenco: conheça as mulheres de “Ó Paí, Ó 2”
A sequência do longa “Ó Paí, Ó”, chegou aos cinemas em novembro, trazendo novamente mulheres nordestinas como peças fundamentais para a trama.
Por Mariana Oliveira
06|12|2023
Alterado em 07|12|2023
Na continuação do, reencontramos nossos personagens favoritos e somamos novos rostos que que contribuem para o desenvolvimento de novos conflitos, dessa vez ambientados durante a festa de Iemanjá. A produção da comédia é de responsabilidade da cineasta Viviane Ferreira, segunda mulher negra no Brasil a dirigir um longa ficcional. O título inedito é da mineira Adélia Sampaio, com o filme “Amor Maldito” (1984). Em “Ó Paí, Ó 2”, as mulheres nordestinas desempenham papéis essenciais tanto na direção quanto no desenvolvimento da trama.
Quinze anos após o lançamento de “Ó Paí, Ó”, a aguardada sequência chegou aos cinemas brasileiros em 15 de novembro. Protagonizado por Lázaro Ramos, no papel de Roque, a história se passa nos últimos dias do carnaval no Pelourinho, cidade de Salvador (BA). No primeiro filme, os personagens enfrentam dilemas quanto tentam aproveitar ao máximo o feriado, entrando em conflito com a síndica do cortiço, Dona Joana, mulher que, devido às suas crenças religiosas, é contra a festividade.
Confira quem são as mulheres de “Ó Paí, Ó 2”:
A baiana assume a direção do longa e, além de roteirista e produtora, é também cineasta, advogada e ativista no movimento de mulheres negras. Já produziu vários curtas e médias-metragens e “Ó Paí, Ó 2” é o segundo longa de sua carreira. “Um Dia com Jerusa“, protagonizado por Léa Garcia, foi lançado em 2020 e está disponível para assistir na Netflix.
Além de atriz, ela assina o roteiro de “Ó Paí, Ó 2”. Luciana já atuava no teatro em Salvador, Bahia, e se destacou no papel de Dona Joana. Com participações em diversos longas e curtas ao longo da carreira, ela ganhou destaque em “Bacurau” (2019) e “Inabitável” (2020), este último lhe rendeu o prêmio de melhor atriz no Festival de Cinema de Gramado.
Com mais de 30 anos de carreira, a paraense de Abaetetuba já participou de 35 longas e conquistou prêmios por suas atuações no cinema e televisão. Destaque para o filme “Pureza” (2022), onde sua personagem vivencia uma situação análoga à escravidão. Em “Ó Paí, Ó” e na sequência recém-lançada, ela interpreta Psilene.
“Lúcia” retorna às ruas do Pelourinho no longa, e Edvana Carvalho novamente dá vida e personalidade à baiana carismática. A atriz, que começou no teatro, também acumula participações nas novelas “Malhação” (2014) e “Pega Pega” (2017) da Rede Globo. Edvana estreou no cinema com o curta de 1998 “Edifício Oxumaré“, inspirado em histórias do prédio homônimo em Salvador (BA).
Clara ficou conhecida pelos papéis de Amanda em “Tudo Igual… SQN” e Bia na novela “Travessia” da Rede Globo. Sua personagem Florzinha chega em “Ó Paí, Ó 2” para complementar a trama 15 anos após os eventos do primeiro filme.
Além de atriz, a baiana também dirige, escreve e produz peças audiovisuais. Ativista social e fundadora do Instituto Tânia Toko, uma instituição sem fins lucrativos que desenvolve projetos sociais em comunidades na cidade de Salvador. Em “Ó Paí, Ó”, a atriz é conhecida por interpretar a personagem Neuzão da Rocha.
Outra baiana oriunda do teatro, Rejane iniciou a carreira nos anos 1990 ao integrar o Bando de Teatro Olodum, grupo de Salvador (BA). A atriz também é reconhecida por seu trabalho como dançarina, dedicando-se à arte desde os 18 anos ao participar do grupo carnavalesco “Malê Debalê”. No cinema, Rejane contribuiu em filmes como “Gabriela” (2012), “5 Fitas” (2020) e, ao lado de Lázaro, participou do longa e da série televisiva de “Ó Paí, Ó”, além do filme “Medida Provisória” (2022).