7 autoras negras que escrevem para crianças e adolescentes
De forma didática e sensível, elas abordam temas como a afirmação da identidade negra, autoestima e racismo
Por Amanda Stabile
18|04|2023
Alterado em 18|04|2023
Dia 18 de abril celebramos o Dia Nacional do Livro Infantil. Para comemorar essa data e reconhecer a importância das autoras negras que se dedicam à literatura voltada para as crianças, listamos sete escritoras que você precisa ler e conhecer. Em suas obras, elas trazem crianças negras como protagonistas e trabalham com muito afeto e sensibilidade temáticas importantes como a afirmação da identidade negra, autoestima e racismo. Confira:
Chimamanda Ngozi Adichie
A autora nigeriana adaptou um de seus livros de sucesso para a versão ilustrada
©PA MEDIA
A escritora nigeriana nasceu em 1977 e lançou seu primeiro livro, Hibisco Roxo, em 2003. Formada em comunicação e ciências políticas e mestra em escrita criativa e em artes em estudos africanos, Chimamanda sempre dedicou suas obras aos adultos. Seus livros abordam dramas sociais nigerianos e questões feministas. Em 2014, a autora lançou seu primeiro livro infantojuvenil, uma adaptação ilustrada de seu livro Sejamos Todos Feministas.
Livro: Sejamos Todos Feministas – Ilustrado (lançado no Brasil em 2021)
Heloisa Pires Lima
A escritora gaúcha já lançou oito livros infantojuvenis
©Revista Quatro Cinco Um
Gaúcha de Porto Alegre (RS), Heloisa é formada em Psicologia e Ciências Sociais, mestre em Antropologia e doutora em Antropologia Social. Sua estreia como autora de livros infantis aconteceu em 1995, quando coordenou a coleção Orgulho da Raça. Em suas obras, a escritora busca conversar com as crianças sobre a identidade e o protagonismo afrobrasileiro.
Livros: Orgulho da raça (1995); Histórias da Preta (1998); O espelho dourado (2003); Benjamin, o filho da felicidade (2007); O comedor de nuvens (2009); O marimbondo do quilombo (2010); O que a anja contou para a criança negra? (2011); e O coração do baobá (2014).
Madu Costa
Em seus livros, Maria do Carmo traz temas relacionados à afirmação da identidade negra
©TV Miramar
Maria do Carmo Ferreira da Costa é mineira, nascida em Belo Horizonte, em 1953. Pedagoga e pós-graduada em Arte Educação, Madu, como é conhecida, também leciona artes e literatura na rede municipal de ensino. Em seus livros destinados ao público infantojuvenil, a autora traz temas relacionados à afro-brasilidade com a missão de apresentar e difundir entre as crianças a afirmação da identidade negra.
Livros: A Janta da Anta (2000); Meninas negras (2006); Koumba e o Tambor Diambê (2006); A Caixa de surpresa (2009); Cadarços Desamarrados (2009); Lápis de cor (2012); Zumbi dos Palmares em cordel (2013); e Embolando palavras (2014).
Nilma Lino Gomes
A autora escreve tanto para o público universitário quanto para crianças e jovens
©Letícia Souza
Pedagoga, mestra em Educação e doutora em Antropologia Social, Nilma escreve tanto para o público universitário quanto para crianças e jovens. Em 2013, ela se tornou a primeira mulher negra brasileira a comandar uma universidade pública federal, ao ser nomeada reitora da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira.
Livros: Betina (2009); e O menino coração de tambor (2013).
Patrícia Maria de Souza Santana
A carreira de Patrícia como autora de livros infantis se iniciou em 2007
©Arquivo pessoal
Historiadora, mestre em Educação e professora da rede municipal de ensino de Belo Horizonte (MG), Patrícia Santana começou sua carreira como autora de livros infantis em 2007. Em suas obras, apresenta às crianças questões étnicas e raciais de forma lúdica e didática.
Livros: Entremeio sem babado (2007); Minha mãe é negra sim (2008); e Cheirinho de neném (2011).
Sônia Rosa
Sônia já lançou mais de 40 livros destinados ao público infantil
©Divulgação
Nascida em uma comunidade do Rio de Janeiro (RJ) em 1959, Sônia é professora, contadora de histórias, orientadora educacional e escritora. Sua primeira obra, O Menino Nito, foi publicada em 1995 e, desde então, a autora lançou mais de 40 livros. A escritora define sua literatura como negro afetiva, porque suas histórias, protagonizadas por pessoas negras, traz uma representação “positiva” e com muito amor para as crianças.
Lançamentos recentes: Zum Zum Zumbiiiiiiii (2020); Enquanto o almoço não fica pronto (2020); É o tambor de crioula (2020); e Três histórias de encanto (2020).
Toni Morrison
A premiada escritora estadunidense também se aventurou no universo dos livros infantis junto a seu filho, Slade Morrison
© Don Emmert/AFP
Nascida em Ohio, nos Estados Unidos, em 1931, Toni foi escritora, editora e professora. Bacharel e mestre em filologia, a autora publicou diversos romances dedicados ao público adulto e, em 1993, se tornou a primeira mulher negra a conquistar o Prêmio Nobel da Literatura. Ela também se aventurou no universo dos livros infantis, junto a seu filho Slade Morrison.
Livros infantojuvenis em português: Quem leva a melhor? (2008); O que me diz, Louise? (2014).