
8 de março: 15 mulheres das periferias para seguir e fortalecer
No Dia Internacional da Mulher, selecionamos algumas mulheres das periferias do país e alguns coletivos para você ficar de olho.
Por Beatriz de Oliveira
08|03|2022
Alterado em 08|03|2022
Mais um 8 de março chegou. A data que marca o Dia Internacional da Mulher simboliza a luta pela equidade de gênero e reivindicação de direitos. Neste dia, o Nós, mulheres da Periferia e nossas parceiras da Alma Preta te convidam a conhecer a atuação de 15 mulheres das periferias e coletivos criados por elas.
Confira!
Andreza Delgado (@andrezadelgado)
Cria do Capão Redondo, zona sul de São Paulo (SP), Andreza Delgado é cofundadora da Perifacon, evento de cultura pop das favelas. Também criou o Perifa Gamer, iniciativa que promove visibilidade para quem produz e consome games nas periferias. Andreza se destaca ainda na área dos podcasts: apresenta o Lança a Braba, que já recebeu convidados como Drauzio Varella, Tássia Reis, Tábata Amaral e Sérgio Loroza.
Luíze Tavares (@luizetavaress)
Luíze Tavares também é uma das criadoras do Perifacon. Antes, participou de grupos pelo direito ao transporte e contra o assédio. Atuando na área de Comunicação e Relações Públicas, Luíze é do Grajaú, zona sul de São Paulo (SP).
Geni Núñez (@genipapos)
Psicóloga e mestre em Psicologia Social, Geni Núñez é indigena guarani e vive em Santa Catarina. Integra a Articulação Brasileira dos Psicólogos Indígenas (ABIPSI) e em suas redes sociais fala sobre não-monogamia, relacionamentos e descolonização.
Aline Rodrigues (@eualine.rod)
A jornalista e educadora popular Aline Rodrigues é uma das fundadoras do veículo Periferia em Movimento, que se propõe a distribuir informações para as quebradas. O projeto foi criado em 2009 por Aline e mais dois colegas. A mãe da Helena é também integrante da Escola Feminista Abya Yala e mora no Campo Limpo, zona sul de São Paulo (SP).
Eliete Paraguassu (@paraguassueliete)
Quilombola de Ilha de Maré, em Salvador, Eliete Paraguassu é marisqueira e pescadora. Se destaca como defensora do meio ambiente da Baía de Todos os Santos, onde fica a sua ilha de origem. Além disso, integra a Articulação Nacional das Pescadoras.
Givânia Silva (@sgivania)
Givânia Silva é quilombola e pesquisadora, nasceu no quilombo de Conceição das Crioulas, na cidade de Salgueiro (PE). Membra da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ), Givânia é mestre em Políticas Públicas e Gestão da Educação e doutoranda em Sociologia.
Lana Souza (@lanadsouza)
A comunicadora popular e jornalista de formação Lana Souza é cofundadora do Coletivo Papo Reto, que atua nas áreas de comunicação, tecnologia, cultura, educação e cidadania a fim de garantir direitos para moradores do Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro (RJ). Lana já foi colunista do Nós, mulheres da periferia, onde abordou temas como a importância da comunicação popular e oportunidades na vida de jovens periféricos.
Layne Gabriele (@laynegabriele)
Layne Gabriele é comunicadora social e graduanda em Letras na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Faz parte do canal e podcast Quebrada Cult, que reúne estudantes e pesquisadores periféricos para falar sobre cultura, história, arte, sociedade e política. Layne também está à frente de outro podcast, o Fala Memo, Preta!, espaço de troca de vivências entre pessoas da periferia.
Jarda Araújo (@jardaraujo)
A assistente social Jarda Araújo vive na periferia de Recife (PE). Em sua atuação, luta pelos direitos das pessoas trans e travestis no país. Mulher trans, Jarda é chefe de setor de Articulação e Projetos Intersetoriais na Prefeitura da Cidade do Recife.
Fran Flor Francine (@florfrancine)
De Perus, região noroeste de São Paulo (SP), Fran Flor Francine criou o Januarias na Janela, projeto que oferece oficinas e palestras sobre violência de gênero. A poeta também é responsável pelo Duo Gastronômico di Quebrada, um sarau gastronômico que oferece encomendas para as regiões de Perus, Taipas e Jaraguá.
Jaque Conceição (@c_dijeje)
A psicanalista e doutoranda em antropologia social Jaque Conceição é fundadora do Coletivo Di Jeje, uma plataforma online de educação feminista e antirracista. A iniciativa oferece cursos como: “Feminismo negro no divã: corpo e mulheridade negra na psicanálise”. Jaque também se dedica a pesquisar sobre o feminismo negro no Brasil.
Maternidade Sapatão (@maternidadesapatao)
O casal Aline Brito e Alessandra Ayabá é dono do perfil Maternidade Sapatão, em que compartilham suas experiências como mães de gêmeos. A iniciativa tem proposta de mostrar uma maternidade possível e de quebrada. A família vive no Capão Redondo, zona sul de São Paulo (SP).
Mulheres de Pedra (@mulheresdepedra)
Localizado no bairro de Pedra de Guaratiba, na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro (RJ), o coletivo Mulheres de Pedra tem como objetivo incentivar o protagonismo da mulher negra. Fazem isso através da economia solidária, e também no oferecimento de saraus, exposições, cursos e oficinas.
Coletivo Atinúké (@atinukemulheresnegras)
Idealizado por Fernanda Oliveira, Giane Vargas Escobar e Nina Fola, o coletivo Atinúké é um grupo de estudos sobre o pensamento de mulheres negras. O grupo, localizado em Porto Alegre (RS), se propõe a compartilhar escritos que dialoguem com a existência e ações de mulheres negras.
Roda de Samba de Mulheres de Itapuã (@rodadesambademulheresitapua)
Criado em 2017, o coletivo Roda de Samba de Mulheres de Itapuã tem o intuito de fortalecer as mulheres através da música, no gênero samba. Itapuã é um bairro da zona leste de Salvador (BA).
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