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eSports: 7 mulheres gamers negras para acompanhar
Mulheres gamers protagonizam cenário dos e-Sports, mas lidam com machismo.
Por Beatriz de Oliveira
16|02|2022
Alterado em 17|02|2022
No celular ou no computador, como diversão ou como profissão, os games fazem parte da vida de 72% dos brasileiros, de acordo com a Pesquisa Game Brasil (PGB) de 2021. Apesar do machismo existente no meio, a pesquisa identificou que o perfil de jogador no país é a mulher negra, periférica e que joga pelo celular.
Mulheres representam 51,5% do total de jogadores no país. Negros são 50,3% do total e as classes sociais de baixo poder aquisitivo representam mais de 60% dos jogadores, o que é atribuído ao uso dos celulares segundo o estudo.
Mas no cenário de crescimento dos e-Sports, competições de games eletrônicos, as mulheres são minoria quando o assunto são os jogos de computador e console, equipamento feito para executar jogos.
O Nós, mulheres da periferia selecionou sete mulheres negras que se destacam nos e-Sports. Confira!
Cherna (@chernaoficiall)
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Cherna criou a Associação Feminina de Gaming Brasil (AFGB).
©reprodução Instagram
Vencedora do Circuito Feminino 2019, Danielle Andrade, conhecida como Cherna, se destaca jogando Rainbow Six Siege, jogo de tiro em primeira pessoa. Foi através dele, que foi a única mulher indicada ao Prêmio eSports Brasil em 2018. Cherna, que já foi vítima de assédio moral e sexual, criou a Associação Feminina de Gaming Brasil (AFGB) para apoiar meninas gamers que passaram por situações como essa.
Laura Bueno (@ff_laurab)
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Laura Bueno joga Free Fire e foi campeã da Liga NFA.
©reprodução Instagram
Laura Bueno mostra sua habilidade no Free Fire, jogo de tiro e sobrevivência que pode ser acessado pelo celular. A jogadora tem participações em competições do jogo e foi vencedora da Liga NFA, campeonato independente de Free Fire. Laura faz parte do time Mansão Rei, organização de e-Sports.
Sher Machado (@transcurecer)
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Sher Machado criou o primeiro campeonato de League of Legends para pessoas trans.
©reprodução Instagram
Sher Machado, também conhecida como Transcurecer, faz lives de variados jogos e integra a INTZ, organização de e-Sports. A estudante de licenciatura em Física e mulher trans é idealizadora do primeiro campeonato de League of Legends voltado para pessoas trans: a Copa Rebecca Heineman. No jogo League of Legends, ou apenas LoL, duas equipes se enfrentam a fim de destruir a base inimiga.
Jinkiwinkki (@jinkiwinkki)
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Jinkiwinkki joga League of Legends e é formada em Rádio e TV.
©eprodução Instagram
Streamer Facebook Gaming, plataforma de transmissão de games, Jinkiwinkki costuma jogar League of Legends. Formada em Rádio e TV, se dedicou a pesquisar streamers de jogos negros em seu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso). A paulista também integra o grupo de jogadoras Garotas Mágicas.
Rawrafaela (@rawrafaela)
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Rawrafaela joga Valorant e faz parte do SBT Games.
©reprodução Instagram
Rafaela Martins ou Rawrafaela se decida a jogos como Valorant, jogo de tiro em primeira pessoa. A carioca faz parte do SBT Games, canal de notícias e conteúdos sobre e-Sports. Rafaela começou a fazer live de jogos motivada pelo projeto Wakanda Streamers, que visa divulgar a comunidade negra.
AthenaXis (@athenaxiss)
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AthenaXis faz lives de LoL e GTA e vídeos bem-humorados sobre o mundo dos games.
©reprodução Instagram
AthenaXis faz lives de variados jogos, mas principalmente Valorant e Grand Theft Auto (GTA), em que o personagem pode cumprir missões e realizar atividades em uma cidade fictícia. A baiana também publica vídeos bem-humorados sobre o mundo dos games em suas redes sociais.
NayuChan (@enayuchan)
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NayuChan foi apresentadora da Copa das Favelas de Free Fire.
©reprodução Instagram
Jogadora de GTA e Free Fire, NayuChan faz parte da equipe de streamers da FURIA, organização de esportes eletrônicos. Nayu apresentou a Copa das Favelas de Free Fire em 2020 e já marcou presença na CCXP Worlds (Comic Con Experience), evento de cultura pop.
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Reportagem publicada originalmente no portal Expresso Na Perifa – Estadão