Você sente culpa por ter preguiça mesmo resolvendo um ‘Titanic’ de problemas?
Negras Linhas: conheça o podcast que descoloniza os sentidos. Com o lançamento no Dia da mulher negra, o primeiro episódio fala sobre preguiça e ócio.
Por Redação
24|07|2020
Alterado em 24|07|2020
Promover debates sobre cotidiano e sociedade em uma perspectiva descolonizadora de forma leve e acessível é o objetivo de Janaína Oliveira, ilustradora, assistente social e idealizadora, roteirista e editora do podcast Negras Linhas.
Com o programa, Janaína faz um convite para abandonarmos a âncora do pensamento colonial e nos lançar ao mar. Cada episódio é uma viagem, e como toda viagem, uma descoberta. “Por isso, deslocamos a nossa atmosfera para o oceano. Navegando, vamos sintonizando nossas experiências, desenvolvendo uma percepção para além do que nos foi dado como óbvio”, explica a idealizadora.
O episódio de estreia fala sobre preguiça e ócio e vai ao ar no dia 25 de julho, Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha. Janaína e outras mulheres mostram que tem muita gente no mesmo barco, sentindo culpa por ter preguiça mesmo depois de resolver um Titanic de problemas. Muitas mulheres não conseguem ficar parada um só minuto. Mas por que que coisas funcionam assim?
O Negras Linhas estará disponível quinzenalmente a partir do dia 25 de julho, 20h, no Spotify, no Deezer, no Google Podcasts e no Apple Podcasts. Para acompanhar as ilustrações, basta seguir @negraslinhas no Instagram.
Descolonizando sentidos
Uma espécie de rádio marítima leva o ouvinte a navegar por ondas sonoras e explorar o oceano de experiências negras.
©divulgação
Além da rádio marítima, Negras Linhas é também o seu projeto de ilustrações e expressões artísticas para reconstrução da imagem dos negros e negras no Brasil. “Ambas as experiências estão vinculadas ao propósito de expressar e, ao mesmo tempo, diversificar valores que incorporei durante o processo pessoal de renascer negro, esse segundo parto que é nos entender como sujeita negra no mundo. Um processo doloroso e valoroso, que se retroalimenta e ganha significado por meio da arte”, relata.