Falar sobre a importância de usar camisinha nas relações sexuais  para prevenir gestações não planejadas e reduzir o risco de contrair infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) nunca é demais. Ainda mais considerando que, anualmente, cerca de 1 milhão de pessoas contraem essas infecções só no Brasil.

Nesse cenário, também é alarmante que apenas 22,8% das brasileiras e brasileiros com mais de 18 anos afirmem usar preservativo em todas as relações sexuais. Muitas vezes isso acontece por insistência do parceiro, e há muitas desculpas conhecidas para justificar o sexo desprotegido. Mas é importante lembrar que depois de uma negativa, tudo é violência.

Reunimos relatos de mulheres que passaram situações parecidas com seus pares em relação ao uso da camisinha. Confira!

“O mesmo exame que ele mostrou pra mim ele mostrou pra ela”

“Eu comecei a sair com uma pessoa que eu já conhecia há um tempo. Mesmo assim, sempre exigi o uso de camisinha durante o sexo. Em uma das tentativas de não usar preservativo, ele me disse que tinha exames e podia me mostrar que não tinha nenhuma IST. Uma vez eu acabei cedendo. Até que um dia, uma pessoa com quem ele também tinha uma relação, sem que eu soubesse, me procurou e disse que o mesmo exame que ele mostrou pra mim ele mostrou pra ela”.

“Ele insistiu algumas vezes, mesmo diante das negativas”

“Em uma festa, acabei ficando com um amigo. Quando fomos transar, nenhum dos dois tinha preservativo. Ele disse que estava com os exames em dia e não haveria nenhum problema. Eu disse que não iríamos continuar, e ele insistiu algumas vezes, mesmo diante das negativas”.

“Ele sempre falava que não tinha camisinha”

“Eu já transava com um vizinho meu há um tempo, mas toda vez que eu ia na casa dele ele sempre falava que não tinha camisinha mesmo sabendo que eu estava indo lá para isso. Eu levava o preservativo e tinha que pedir para ele colocar. Além de tudo ele ainda reclamava da camisinha que eu comprava”.

“Tive medo dele ter uma reação desproporcional”

“No Ano Novo eu viajei para a Bahia e levei um cara que conheci na balada para casa. A gente estava transando e tal e ele perguntou se a gente podia fazer sem camisinha porque era melhor. Eu falei que “nem a pau” e perdi a paciência depois que ele pediu três vezes. Eu não queria ter nenhuma discussão com ele, porque eu não o conhecia e ele estava na minha casa. Eu tive medo dele ter uma reação desproporcional, então não falei nada além de que eu não estava confortável. Eu pedi para ele ir embora e ele falou que eu tinha que ter mais consideração pela próxima pessoa com quem eu saísse e que eu não podia tratar alguém do jeito que eu tratei ele, como se a culpa fosse minha”.

“E se a culpa for minha?”

“Eu ficava com um cara que a gente sempre começava a transar com camisinha e terminava sem. Eu nunca percebia a hora que estava sem preservativo, por isso nunca comentei que isso me incomodava. Eu ficava pensando: ‘e se a culpa for minha?’, ‘será que eu chamei ele de volta entre uma transa e outra e ele ainda não tinha colocado a nova camisinha?”.