A busca por um estilo de vida mais saudável é uma realidade crescente no Brasil e no mundo. De acordo com levantamento realizado pela IHRSA, a principal associação mundial do mercado fitness, o Brasil se destaca com mais de 36 mil centros de atividades físicas, colocando o país em segundo lugar no ranking mundial.

No cenário nacional, as academias especializadas no atendimento ao público feminino ganham destaque. A escolha vai desde a oferta de exercícios direcionados ao corpo da mulher até a criação de um ambiente acolhedor e livre de assédios. Há também uma parcela significativa que opta pelo treino em casa, motivada por diversas razões.

Conheça algumas histórias!

Silvana Alves (BA): a motivação no ambiente feminino

Decidida a ter uma vida mais saudável, Silvana Alves é adepta da academia pela possibilidade de treinar em coletivo.

©Arquivo pessoal

De Salvador (BA), a psicóloga Silvana Alves compartilha sua experiência como adepta das academias. Ela destaca a motivação que encontra ao estar cercada por outras mulheres em um ambiente majoritariamente feminino. “Tenho uma relação muito boa com as meninas, isso também me motiva a querer ir. Fui várias vezes sem vontade e com muita dificuldade e saí de lá aliviada”, relata.

Silvana começou a se exercitar após descobrir problemas de saúde, desenvolvendo ao longo do tempo uma paixão pela musculação. “Faço alguns exercícios aeróbicos três vezes na semana, mas a base é musculação.” Devido à sua condição de saúde, a psicóloga associa o treino à ingestão de medicamentos, mantendo acompanhamento com outros profissionais, como nutricionista e cardiologista.

Taíze Silva (PA): treinando em casa

Contudo, nem todas as mulheres têm acesso fácil às academias. De acordo com o relatório do Cupom Válido, o custo médio da mensalidade em uma academia é de R$ 110,85, um valor desafiador para quem recebe apenas um salário mínimo. Diante dessa realidade, mulheres como Taíze Silva, moradora de Pacajá (PA), buscam alternativas para se exercitar em casa.

Mãe de duas crianças e dona de casa, Taíze relata as dificuldades de encontrar academias em sua região e se exercita quando os filhos estão na escola. Ela utiliza recursos improvisados, como pesos feitos com garrafas de produtos de limpeza, sacos de arroz ou feijão. “Uso a internet ao meu favor, acompanho lives gratuitas para aprender a execução certa de cada exercício e não me lesionar”, explica. Além disso, destaca a liberdade em poder treinar sem preocupações com olhares julgadores. “Me sinto à vontade, posso me exercitar com qualquer roupa sem a preocupação de olhares tortos”.

Ioná Mariano (SP): a opção pelos treinos ao ar livre

Já na região de Guaianases, zona leste de São Paulo (SP), a pedagoga Ioná Mariano optou pelos treinos ao ar livre. Após um processo de reeducação alimentar, percebeu a necessidade de incluir o exercício físico em sua rotina. Naná, como é conhecida, realiza atividades físicas diariamente no Parque Linear Guaratiba, com o grupo “Dia Total”, projeto que promove gratuitamente atividades físicas ao ar livre.

Ioná, à direita da imagem com camisa amarela e bolsa verde, e o grupo de mulheres do coletivo Dia Total.

©Arquivo pessoal

Ela conta que frequentou academias por um período, porém não se sentiu confortável no ambiente, além de que o custo com a mensalidade está fora do seu orçamento. Participar das aulas é vantajoso para Ioná, pela coletividade e o acesso à profissionais da área perto de sua casa. “Cada dia vai um personal com um ensinamento novo. Eles não ajudam apenas a saúde física, mas também a emocional. Estar com pessoas que brincam e entendem o que você realmente precisa, não tem preço”, relata.