Ontem (30/8), aconteceu o evento online “Mães e crianças negras: sementes de comunidades vivas”, que contou com a participação da psicóloga Juliana Prates e da criadora de conteúdo Adriana Arcebispo, da Família Quilombo. Durante a conversa, as convidadas falaram sobre os desafios que permeiam o cotidiano de mães e os caminhos para garantir os direitos das crianças negras.

O evento deu início ao programa formativo “O papel do jornalismo periférico e antirracista na proteção das crianças negras”, uma realização do Nós, mulheres da Periferia em parceria com Alma Preta Jornalismo, Marco Zero Conteúdo e apoio da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal.

A formação online e gratuita é voltada para profissionais e estudantes de jornalismo da região nordeste do país. A iniciativa tem como foco aprofundar e qualificar a cobertura jornalística antirracista e ampliar conhecimentos sobre histórias, narrativas e os desafios que permeiam o cotidiano de mães, bem como a importância de garantir os direitos de crianças negras.

Serão selecionadas 35 pessoas para participarem de quatro encontros online, cada um com duas horas e trinta minutos de duração. As formações serão ministradas por especialistas nos temas de primeira infância e racismo, em parceria com as equipes do Nós, mulheres da periferia e Alma Preta Jornalismo. Todos os encontros acontecem em novembro, sempre às terças-feiras a partir das 18h30. Ao final, todas as pessoas participantes do curso poderão concorrer a umabolsa de R$10 mil e um programa de mentoria para produção de uma reportagem comprometida com a proteção das crianças e mulheres negras.

📝Proposta temática dos encontros online:

Módulo 1 – 7/11 – terça-feira
Violência racial e suas manifestações na vida das crianças negras – Análise dos impactos psicológicos, sociais e educacionais do racismo na primeira infância – Com Mighian Danae.

Professora com graduação, mestrado e doutorado na área de Educação. Experiência em educação infantil, focada em temas como relações étnico-raciais, gênero e estudos sociais da infância. Atualmente é professora da Universidade Internacional da Integração da Lusofonia Afro-Brasileira, IHLM – Campus dos Malês (UNILAB, São Francisco do Conde, BA). Coordena o projeto de extensão “Facul das Crias”. Mantém um blog em www.afrodito-me.blogspot.com.

Módulo 2: 14/11 – terça-feira
O papel da política pública no cuidado às mães negras – desigualdades e desafios enfrentados pelas mães negras no acesso a serviços de qualidade – Com Socorro Araújo

Mulher negra, natural de cidade do interior do semiárido brasileiro, assistente social (UFPE), mestra em Serviço Social (UFPE), com formação em liderança executiva em desenvolvimento da primeira infância pelo INSPER.

Módulo 3: 21/11 – terça-feira
A criança na família, escola e no mundo – diferentes contextos em que a criança se desenvolve, incluindo a família, a escola e a sociedade – Com Carol Adesewa

Carol Adesewa é mulher preta, baiana, professora afrocentrada, atua na rede pública de ensino de São Francisco do Conde. Idealizadora do projeto Afroinfância – Projeto colaborativo de Educação afrocentrada que busca contribuir com a construção da identidade e autoestima da criança negra, a partir de referências africanas e afro-diaspóricas. Escritora do livro Plantando com Malik e criadora da Caixinha da Autoestima Afroinfância.

Módulo 4: 28/11 – Produção e disseminação – Melhores práticas e ética na cobertura jornalística dos direitos da primeira infância e compartilhamento de experiências – Com equipes Marco Zero, Alma Preta e Nós mulheres da periferia

⚠️Atenção! Preencha o formulário até 23 de outubro para participar da seleção.

Os nomes dos selecionados serão anunciados em 30 de outubro.