O Sarau das Pretas precisa chegar em Moçambique, você tem 2 dias para contribuir

Duas das integrantes estão se preparando para embarcar em direção a Maputo ainda este mês. Mas elas não têm todo o dinheiro necessário para a viagem. Por isso, decidiram elaborar um projeto e abrir uma campanha no Catarse, site de financiamento coletivo, em busca de apoio. 

Por Redação

02|07|2019

Alterado em 02|07|2019

Entre os dias 25 e 27 de julho acontece na cidade de Maputo, em Moçambique, a 1ª edição do Festival Internacional de Poesia e Artes Performativas. A iniciativa tem o objetivo de celebrar os 15 anos do programa Noite de Poesia, um dos mais importantes e influentes eventos de artes performáticas do país e da região.

Com a participação de artistas de outros países, o evento proporcionará um intercâmbio cultural para demonstrar a diversidade e identidade cultural de diferentes partes do mundo.

Alemanha, África do Sul, Argentina, Cuba, Moçambique, Enswatini, Reino Unido, Suiça, França, Ilha Reunião, Espanha, Angola e Madagáscar são alguns dos países que terão representantes durante os três dias de festival. Mas o Brasil não ficou de fora. O Sarau das Pretas é um dos coletivos que foram convidados.

Conduzido por cinco mulheres negras, as poetas Débora Garcia, Elizandra Souza, Jô Freitas, Thata Alves e Tayssol Ziggy estão juntas há pelo menos três anos. Antes disso, cada uma delas já protagonizam projetos singulares na capital e região metropolitana.

Segundo a criadora do coletivo, Débora Garcia, o Sarau das Pretas foi idealizado a partir de um convite do Sesc Pompéia para uma atividade literária em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Desde então, empenham-se em apresentações por toda capital paulista.

Financiamento Coletivo 

Duas das integrantes estão se preparando para embarcar em direção a Maputo ainda este mês. Mas elas não têm todo o dinheiro necessário para a viagem. Por isso, decidiram elaborar um projeto e abrir uma campanha no Catarse, site de financiamento coletivo, em busca de apoio.

“Acreditamos na importância e na potência desse intercâmbio cultural, seja de âmbito geral de conquista cultural, tanto quanto ancestrais. No entanto as despesas são muito altas e não temos recursos para levar o grupo todo, por isso seremos representadas por duas de nós”, diz o texto da campanha. 

Quem está prestes a pisar em terra africana é Débora Garcia Jô Freitas. Além de marcarem a presença do coletivo no festival, farão uma pesquisa com o objetivo de conectar os coletivos de mulheres negras que trabalham com literatura em Moçambique com os trabalhos brasileiros.

A ideia é observar as semelhanças, diferenças e dificuldades que mulheres negras enfrentam na produção literária e artística em suas respectivas realidades. Todo o processo duraria 15 dias.

Já na reta final, a arrecadação está em vias de finalizar. Para contribuir, clique aqui.