Inscrições abertas para a 3ª Mostra de Cinema da Mulher de Franco da Rocha
As inscrições da mostra vão até 21 de fevereiro. O evento acontece entre os dias 30 de março e 1 de abril, no município de Franco da Rocha.
Por Jéssica Moreira
07|02|2018
Alterado em 07|02|2018
Cineastas e demais produtoras de audiovisual têm até 21 de fevereiro para inscrever suas produções na 3ª Mostra de Cinema da Mulher de Franco da Rocha (região metropolitana de SP). Neste ano, a mostra acontece entre os dias 30 de março e 1º de abril (sexta, sábado e domingo), com programação completamente gratuita.
Serão selecionados 9 curtas metragens e serão exibidos 3 filmes por dia, seguidos de debate. As inscrições devem ser feitas por meio de formulário , pela internet ou via correio. Podem sem inscritos curtas de todos os gêneros finalizados até 2017, com duração até 20 minutos e a direção da obra deve ser assinada por uma mulher. Não esqueça de ler o regulamento na íntegra.
Filme no Divagar depressa do tempo | Divulgaçaõ
Idealizado pela coletiva Baciada das Mulheres do Juquery, o evento busca dar visibilidade às produções cinematográficas de mulheres brasileiras, com um caráter cultural e não competitivo, contribuindo com a debate em torno das problemáticas das mulheres na contemporaneidade.
Criado em agosto de 2015, o coletivo é formado por seis mulheres moradoras da região, que identificaram a falta de espaços para discutir as opressões que ainda hoje persistem em suas vidas e de suas iguais. “Tínhamos que nos retirar de nossa realidade para nos fortalecer enquanto mulheres, nos deslocando até o centro da cidade de São Paulo e nos depararmos com outras vivências que não contemplavam a nossa periferia”.
“Queremos nos apropriar da nossa região e nos impor como mulheres aqui, onde o machismo está tão impregnado e precisa ser discutido também. No geral, as periferias de SP são muito violentas e o índice de violência contra as mulheres só aumenta, queremos mudar essa história. Atuar como um coletivo feminista periférico em Franco da Rocha é um ato de ousadia, queremos romper com esse ciclo infinito que afeta as mulheres que vivem nessas regiões invisibilizadas pela grande Metrópole”, aponta Mariana Moura, uma das co-fundadoras do coletivo.