O método contraceptivo implante subdérmico contraceptivo liberador de etonogestrel, conhecido como Implanon, começará a ser oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ainda este ano. O anúncio foi feito pelo Ministério da Saúde no dia 3 de julho. Com alta eficácia e longa duração, o dispositivo atualmente custa entre R$ 2 mil e R$ 4 mil.

De acordo com o Ministério da Saúde, até 2026 serão distribuídos 1,8 milhão de dispositivos para atender a todas as mulheres, sendo 500 mil ainda este ano. A Pasta deve publicar, nos próximos dias, uma portaria que oficializa a incorporação do contraceptivo no SUS. A partir disso, o método deve ser ofertado em até seis meses; nesse período devem ser feitas ações como: atualização das diretrizes clínicas, aquisição e distribuição do insumo, capacitação e habilitação de profissionais. 

Algumas cidades como São Paulo (SP) e Fortaleza (CE), e o estado do Piauí, já disponibilizam o Implanon pelo SUS, a partir de condições específicas,  mas essa decisão torna o método disponível em todo o território nacional. “Esse implante é muito mais eficaz que outros métodos para prevenir a gravidez não planejada. (…) Agora vamos orientar as equipes, fazer a compra e orientar as Unidades Básicas de Saúde de todo o Brasil para, já no segundo semestre desse ano, começar a utilizar no SUS”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em nota publicada pelo órgão. 

O Implanon é um contraceptivo hormonal em formato de haste flexível, que mede cerca de 4 cm, e é colocado sob a pele do braço. O método libera hormônios que impedem a ovulação e tornam o muco cervical mais grosso, o que dificulta a passagem de espermatozoides.

Considerado um dos métodos mais eficazes para prevenir gestações não planejadas, o dispositivo dura três anos, sem necessidade de intervenções durante esse período. Passado esse período, o dispositivo deve ser retirado e substituído por um novo, caso a paciente deseje.

Por essas características, o Implanon é enquadrado como LARC (sigla em inglês para contraceptivos reversíveis de longa duração). Atualmente, o único método LARC oferecido pelo SUS é o DIU de cobre. Outras opções disponibilizadas pelo SUS são: anticoncepcional oral combinado; pílula oral de progestagênio; injetáveis hormonais mensal e trimestral; laqueadura tubária bilateral e vasectomia. Vale pontuar que, dentre esses, apenas os preservativos oferecem proteção contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).