Espiritualidade Autônoma: liberdade e crescimento pessoal
Quando o caminho da fé não segue dogmas ou doutrinas
22|08|2024
- Alterado em 22|08|2024
Por Pam Ribeiro - Bruxa Preta
Nos últimos oito anos, meu caminho espiritual tem sido uma busca constante por uma espiritualidade autônoma, fundamentada no respeito pelos ensinamentos que precederam minha jornada e pelos amigos que, com suas crenças e fé, enriquecem minha trajetória.
Esse percurso tem me mostrado que a espiritualidade não é uma questão de adesão cega a práticas ou doutrinas, mas sim um compromisso pessoal, profundo e consciente consigo mesmo e com o mundo. Sendo assim, não faço distinções entre religiões, desde que não haja abuso espiritual envolvido.
A espiritualidade autônoma é uma via que exige disciplina, dedicação e constância. Logo, a liberdade nela está longe de significar ausência de responsabilidade, pois implica no respeito pelos fundamentos que aprendemos ao longo do processo. Por isso, para aqueles que seguem sua fé em uma casa religiosa, é igualmente essencial cultivar autonomia e maturidade para evitar a dependência.
O que se torna evidente é que qualquer caminho espiritual, inclusive o mais “livre”, demanda comprometimento. Praticar a fé não é uma série de ações desconexas ou um caminho sem rumo. Ao contrário, é um trajeto de crescimento pessoal tanto consigo mesmo quanto com essa força cósmica que intercede nossa vida.
Portanto, seja qual for a sua escolha, o sucesso aqui depende de três pilares fundamentais: constância, ritmo próprio e foco. Pois viver a espiritualidade não é uma questão de improviso, mas uma busca consciente e estruturada por significado e conexão.
Pam Ribeiro - Bruxa Preta Terapeuta reikiana, taróloga, astróloga, bruxa urbana e favelada. Autora do portal "A Bruxa Preta", em que escreve sobre espiritualidade, misticismo e universo holístico numa perspectiva decolonial e subversiva.
Os artigos publicados pelas colunistas são de responsabilidade exclusiva das autoras e não representam necessariamente as ideias ou opiniões do Nós, mulheres da periferia.
Larissa Larc é jornalista e autora dos livros "Tálamo" e "Vem Cá: Vamos Conversar Sobre a Saúde Sexual de Lésbicas e Bissexuais". Colaborou com reportagens para Yahoo, Nova Escola, Agência Mural de Jornalismo das Periferias e Ponte Jornalismo.
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