Em SP, oficina gratuita sobre escrita e narrativa analisará escritoras negras
A oficina “Vozes insurgentes e línguas indomáveis” será conduzida pela afrotransfeminista recifense Maria Clara Araújo e mergulhará nas produções de escritoras como Grada Kilomba e Audre Lorde
Por Redação
24|07|2018
Alterado em 24|07|2018
No dia 2 de agosto, quinta-feira, o Museu da Diversidade Sexual recebe a oficina “Vozes insurgentes e línguas indomáveis”, ás 18h.
Ministrada pela afrotransfeminista recifense Maria Clara Araújo, a atividade é gratuita e tem o propósito de criar um diálogo interseccional a partir da produção acadêmica e literária de outras mulheres. As vagas são limitadas e serão concedidas em ordem de chegada.
Maria Clara, 21, é graduanda em Pedagogia pela Universidade Federal de Pernambuco, pesquisadora de teorias pós críticas em educação e idealizadora do projeto “Pedagogia da Travestilidade”, que busca colocar em diálogo a educação e a experiência vivenciada por travestis e mulheres trans. Ela também escreve para os sites Blogueiras Negras, Transfeminismo.com e para o Usina de Valores.
Com a intenção de reconhecer e valorizar a importância da quebra de silêncios históricos, a oficina será um mergulho nas obras de escritoras como a norte-americana Audre Lorde, escritora feminista e ativista dos direitos humanos, e Grada Kilomba, escritora e artista de Portugal.
“Além de visibilizar as trajetórias de mulheres que ousaram falar e agir, meu objetivo é possibilitar a [re]articulação e a transformação do silêncio em linguagem e ação. A oficina é um diálogo interseccional a partir das narrativas produzidas por mulheres que buscaram descolonizar a produção do saber”, afirma Maria Clara Araújo.
O workshop é promovido pelo projeto Usina de Valores, do Instituto Vladimir Herzog, e potencializa a compreensão da experiência vivida na teorização de escritoras que possuem vozes insurgentes e ressalta como suas obras têm uma função de autorrecuperação e libertação coletiva.
Como parte do processo, as interessadas e interessados deverão levar uma matéria de jornal, vídeo, áudio ou algum tipo de produção que, em sua opinião, “aprisione” subjetividades em narrativas únicas, ceifando possibilidades de as compreendermos a partir de outros olhares. Mais informações, clique aqui.
*Local sujeito a lotação, máximo de 40 lugares.