Dicas da semana: o futuro é negro e indígena
Como sair do caos que estamos vivendo no Brasil? Para nós, o futuro é negro e indígena. Por isso, destacamos algumas atividades que valorizam este protagonismo.
Por Lívia Lima
10|09|2021
Alterado em 10|09|2021
Essa semana está tensa, em meio a protestos e discussões políticas. Todo dia o Brasil está pegando fogo, muitas vezes, literalmente, não é mesmo?
Por aqui, a gente fica do lado das periferias, dos pobres, negros e indígenas. Para nós, o futuro é negro e indígena. Por isso, em nossas dicas culturais, destacamos algumas atividades que valorizam este protagonismo.
Confira!
Afrofuturismo
Você conhece o conceito de Afrofuturismo? Trata-se de um movimento cultural que utiliza ficção científica e fantasia para criar histórias de protagonismo negro, a partir da celebração de sua identidade, ancestralidade e história. Já conversamos um pouco sobre isso em nosso podcast. Escuta lá!
E até o dia 15 de setembro o Centro Cultural São Paulo está realizando uma mostra gratuita e online de filmes que dialogam com a estética afrofuturista. A curadoria é de Kênia Freitas.
No site do Centro Cultural dá para conferir a programação e ter acesso à plataforma com os filmes.
Entre melanina e planetas longínquos, o filme NEGRUM3 propõe um mergulho na caminhada de jovens negros da cidade de São Paulo.
©Reprodução/Filme Negrum3
Autoras Indígenas
O Sesc Ipiranga está exibindo a websérie “Leia Autoras Indígenas” e a cada episódio são apresentadas mulheres indígenas que relacionam sua produção literária com suas experiências e vivências.
A curadoria da série é do coletivo @leiamulheresindigenas. Toda quinta-feira, às 19h, é divulgado um novo episódio, que depois fica disponível no canal do Youtube do Sesc Ipiranga.
Ecofalante
Até o dia 14 de setembro é possível participar da 10ª Mostra Ecofalante de Cinema, o mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado às temáticas socioambientais.
Dentro do programa especial Territórios Urbanos: Segregação, Violência e Resistência, há uma seleção de importantes filmes brasileiros realizados nas últimas duas décadas que tratam da realidade urbana do país, como “Branco Sai, Preto Fica”, “Auto de Resistência” e “O caso do homem errado”.
Os filmes, incluindo inéditos, estão disponíveis no site do evento.
Filme O Caso do Homem Errado, dirigido por Camila de Moraes. No eixo Especial Territórios Urbanos da Mostra Ecofalante.
©divulgação
Bienal de São Paulo
Com o tema “Faz escuro, mas eu canto”, a Bienal de São Paulo, maior mostra de artes visuais da América Latina, abriu sua 34ª edição na semana passada, no Ibirapuera, em São Paulo (SP). Eu fui lá conhecer e tem muita coisa interessante. Vale a pena ir de novo, ver tudo com calma.
A visitação vai até dia 5 de dezembro. A entrada é gratuita e é necessário apresentar comprovante de vacinação contra Covid-19.
Destaque para a maior representatividade de artistas indígenas de todas as edições, com 9 participantes de povos originários de diferentes países, e também forte presença de artistas negros, como as esculturas de Paulo Nazareth, dispostas na área externa do prédio da Bienal, que homenageiam figuras como Aqualtune, Beatriz Nascimento, Marielle Franco e Teresa de Benguela.
A mostra reconhece a urgência dos problemas que desafiam a vida no mundo atual.
©divulgação
Leia também
- Os futuros imaginados pelas mulheres negras
- Marcela Bonfim: “celebramos as mulheres Afro-Antilhanas do Rio Madeira
Apoie o jornalismo independente feito por mulheres, apoie o Nós. Acesse catarse.me/nosmulheresdaperiferia para fazer parte da nossa comunidade.