Conversa de portão #57: quem tem medo das pautas identitárias?

Este é o quarto episódio da segunda temporada da série “Feminismos”, feita em parceria com a Fundação Rosa Luxemburgo, e o tema central da conversa são as pautas e políticas identitárias

Por Semayat S. Oliveira

07|12|2021

- Alterado em 16|03|2022

Pautas ou políticas identitárias. Independente da forma como você prefere identificar a questão, o fato é que o assunto causa polêmica. Tem quem ache importante, quem não goste do termo e quem discorde.

Neste episódio, a jornalista Semayat Oliveira faz a mediação de uma bate-papo sobre este tema com Vilma Reis, socióloga, defensora dos direitos humanos e integrante da Coletiva Mahin e Tainah Pereira, internacionalista, ativista e articuladora do Mulheres Negras Decidem.

Este é o quarto episódio da segunda temporada da série “Feminismos”, feita em parceria com a Fundação Rosa Luxemburgo. O tema central da temporada é a presença de mulheres negras no centro das discussões políticas.

Como inspiração, a base para todos os episódios da série “Feminismos” é o livro “A Radical Imaginação Política das Mulheres Negras Brasileiras”, publicado pela Fundação Rosa Luxemburgo e o grupo Mulheres Negras Decidem em 2019.

Durante a conversa. Vilma Reis defende que o homem branco, principal grupo que questiona a discussão de pautas identitárias, seja incluído no debate. “Porque os homens brancos da extrema direita, da direita e da esquerda tratam a fala das mulheres negras tentando desconstruir toda a construção política erguida pelos movimentos”, diz. “É isso que faz o Brasil estar de pé, em toda a construção do Brasil tem mãos e pensamentos negros”.

E para Tainah Pereira,  é importante fortalecer candidaturas coletivas de mulheres negras, mas que é preciso saber diferenciar pautas identitárias e representatividade. “Identitarismo e representatividade não tem a ver com a presença estéril de pessoas negras em espaço de poder e decisão”, afirma.

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