Conversa de Portão #27: As crianças que o racismo mata

Será mesmo "bala perdida"? Quem são as crianças mortas pelo racismo? Mayara Penina conversa com Marcia Gatto, coordenadora do Movimento Candelária Nunca Mais sobre as crianças que o racismo mata.

Por Redação

29|03|2021

- Alterado em 29|03|2021

Em julho de 1993, oito crianças e jovens que viviam na rua foram assassinados no Rio de Janeiro. O crime, conhecido como chacina da Candelária, deu início ao trabalho da jornalista Marcia Gatto na defesa dos direitos das crianças e adolescentes — ela atualmente integra o Movimento Candelária Nunca Mais.

A cada 60 minutos, uma criança ou um adolescente morre no Brasil em decorrência de ferimentos por arma de fogo. São números de países de guerra.

No 25º Conversa de Portão, Marcia fala sobre o que mudou com relação aos direitos e a proteção de crianças e jovens no Rio de Janeiro e no Brasil, 28 anos depois da chacina.

“A violência contra esse grupo em específico ainda existe, ainda está aí. Não vou falar que nada mudou, algumas coisas mudaram. Mas a gente sabe que a violência contra o negro, contra quem está nas periferias, na favela é muito grande. A forma de abordar [da polícia] é diferenciada. A gente vê que o racismo estrutural está presente aí e é uma luta constante”, afirmou.

O conversa de portão é um podcast produzido pelo Nós, mulheres da periferia em parceria com UOL Plural, publicamos novos episódios toda terça-feira. Com produção de Carol Moreno, direção musical de Sabrina Teixeira Novaes, trilha sonora e edição de som por Sabrina e Camila Borges.