O Arcano do mês de novembro é a Imperatriz. Ao mesmo tempo que fico extremamente feliz, pois acredito que teremos uma folga, me questiono se de fato ela bate em nossa porta. E aí, já entramos nos laços da carta, aquela pergunta que não quer calar.

Será que não pode ser bom? Temos sempre que aprender pelas dificuldades e dor? Será que não podemos, inclusive, mudar a forma como percebemos a nossa realidade, em nível pessoal? Bem, eu acredito que se formos pensar em nível coletivo, as coisas estão deveras desafiadoras!

E é óbvio que isso respinga em como nós agimos no nosso dia a dia, né? O ponto aqui com a Imperatriz é muito sobre o que temos condições de criar e como podemos fazer com que os ares venusianos da carta, nos abracem e proporcionem histórias que sejam mais abrasivas.

E quando a gente pensa nela, a Imperatriz, há de se lembrar que é uma carta que fala do matriarcado. Quem foram as matriarcas para você? Já sentiu que muito desse poder foi renegado? Pois é, agora ele volta falando mais alto, pedindo para que a gente assume esse legado, esse potencial que nos foi herdado.

Outro ponto que acredito que seja importante de ser levado em consideração em relação a essa carta, é como nos valorizamos. É entender o que de fato nos cabe e o que não cabe, o nosso lugar de direito de estar e qual não.

A Imperatriz instiga o bom posicionamento à frente das situações que se apresentam diante de nós, e para isso, nós precisamos ocupar nosso lugar no mundo, e aceitar o crescer, o poder, como formas de acesso a esse espaço, mas, conforme nossa subjetividade, conforme as referências dignas que tivermos.

Começo de novembro

Nós estamos esperançosos no começo do mês, as coisas podem ser melhores e finalmente voltamos a sonhar com novas possibilidades de viver nesse mundo. A questão é que com o pajem de copas, os sonhos podem virar idealizações fantasiosas demais. Então, não há como se perder em tantos delírios e aceitar a realidade com pé no chão. Claro que, sem perder a vontade de construir um futuro melhor, só que para isso, tem que ser com uma boa ponta de realismo e otimismo.

Meio de novembro

O Carro nos faz querer realizar todo tipo de vontade, a gente tem coragem de ir para onde quiser, mas ele apresenta também escolhas, ou seja, a gente vai precisar alcançar um objetivo mas outro ficará para trás. É aquele momento em que você ganha a guinada, porém, ela não vem de graça. De qualquer forma, é importante pensar se de fato existe algo a ser escolhido, se de fato precisamos seguir entre o sim ou não, o bem ou mal, o bom ou ruim. Aí, vai depender do contexto de cada um.

Fim de novembro

O Pendurado nos eleva. Ainda que seja uma carta de pouco movimento, ela faz com que a gente olhe para as circunstâncias da vida por uma nova ótica, que só estando de ponta cabeça podemos ver. Por isso, o Pendurado é a carta que, no tarô, pode ser considerada como a carta do despertar, da meditação. Porque algo nessa pausa, nesse sacrifício que fazemos, nos eleva, nos coloca diante da nossa real verdade. Sendo assim, o final do mês é sobre baixar as guardas e refletir sobre os próximos passos a serem dados por uma nova perspectiva!

É isso, pessoas!
Bom novembro para nós!