Apresentações de edições anteriores do Festival Periferia Preta, com artistas e apresentações culturais.

Festival Periferia Preta enegrece novembro com diversas atividades

Coletivo da Fazenda da Juta, da zona leste de São Paulo, promove mais de 30 atividades de cultura e bem estar no mês da consciência negra.

Por Sâmia Teixeira

03|11|2020

Alterado em 03|11|2020

A 5ª edição do Festival Periferia Preta teve início nesta segunda-feira de feriado (2) e segue até o dia 29 de Novembro. Os eventos serão transmitidos virtualmente no Instagram e Facebook do coletivo.
As mais de 30 atividades variam entre aulas dinâmicas, com convidados especiais, shows, ocupações e intervenções poéticas.

 

Corpo, mente e espírito da periferia preta

A proposta desta edição de 2020 acompanha os desafios deste ano nada convencional, abordando também questões como saúde e bem estar.
Segundo a PNS (Pesquisa Nacional de Saúde), 75% da população brasileira depende do SUS (Sistema Único de Saúde) e maior parte desse grupo é formada por pobres e negros.
E falando em saúde mental, dados da mesma fonte indicam que 69% dos atendimentos e diagnósticos de depressão no país são realizados nas UBS (Unidades Básicas de Saúde).
Entre 2015 e 2018, as internações no SUS relacionadas à depressão cresceram 52%. No final das contas, o problema pode ser maior. A pandemia deve atualizar os números significativamente.
Considerando uma relação direta com este problema, parte da programação traz aulas de yoga marginal, de dança e até de culinária, por exemplo. Tudo sem deixar de abordar a identidade e ancestralidade preta e periférica.
Arte, resistência e cultura negras voltadas para o nosso corpo, mente e espírito. Iniciativa fundamental em meio à pandemia, para os nossos e pelos nossos.

Protagonistas pretos e periféricos

O Coletivo Periferia Preta, que nasceu em 2013 em busca de fomento da cultura na Fazenda da Juta, região leste/sudeste de São Paulo, criou um espaço de auto-organização formado por artistas, moradores do bairro e produtores culturais locais engajados. Todo o processo das atividades e festivais mantém a representatividade e o empoderamento crítico da juventude da região.
Apresentações de edições anteriores do Festival Periferia Preta, com artistas e apresentações culturais.
 
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