Nós, Mulheres da Periferia participou de debate no youPIX
Na sexta-feira (18), o “Nós, Mulheres da Periferia” participou do maior festival de cultura da internet do Brasil, o youPIX Festival SP 2014. Realizado na Bienal de São Paulo, no Parque do Ibirapuera, o coletivo foi convidado para integrar o debate “Periferia Conectada: Muito Além dos Rolezinhos”. O debate começou com a apresentação dos coletivos, […]
Por Redação
21|07|2014
Alterado em 21|07|2014
Na sexta-feira (18), o “Nós, Mulheres da Periferia” participou do maior festival de cultura da internet do Brasil, o youPIX Festival SP 2014. Realizado na Bienal de São Paulo, no Parque do Ibirapuera, o coletivo foi convidado para integrar o debate “Periferia Conectada: Muito Além dos Rolezinhos”.
O debate começou com a apresentação dos coletivos, que abordaram a atuação na periferia. No palco estavam Aline Kátia Melo, correspondente do Mural na Jova Rural, Dricca Navas, uma das organizadoras dos rolezinhos, Nina Weingrill, cofundadora da Énois Inteligência Jovem, e Regiany Silva, jornalista do Nós, Mulheres da Periferia e teve a mediação de Amauri Terto, editor da Rede Catraca Livre.
Para falar sobre a visão que a grande mídia tem sobre a periferia, Aline Kátia deu sua percepção como moradora. “A Jova Rural só aparecia na televisão em ocasiões de desmoronamento. No blog Mural, buscamos mostrar o que estes bairros têm de bom, o que as pessoas se orgulham e querem mostrar”, destacou.
Já segundo Nina é preciso olhar muito mais para os jovens da periferia sem rótulos. “Ele não é o roqueiro, nem o rapper, ele é um jovem plural”, disse.
Sobre os rolezinhos, Dricca Navas, explicou que eles estão proibidos de fazer novos rolezinhos e podem levar multa de até R$ 10 mil, caso o evento ocorra. “Tudo começou com um encontro de amigos que não tinham para onde ir. O único lugar com lazer, alimentação, segurança e com entrada gratuita era o shopping. Só queremos nos divertir, nos sentir iguais. Agora, temos que criar perfis ‘fakes’ para nos reunirmos e curtirmos um pouco no shopping”, declara.
De acordo com Regiany Silva, o Nós, Mulheres da Periferia busca trazer a mulher como protagonista e fonte de suas histórias. “Queremos que a mulher da periferia se reconheça, se veja no nosso trabalho, se empondere e tenha voz. Primeiro, a gente quer que a periferia se veja. Depois, que o mundo veja a periferia com outros olhos, ouvindo a própria periferia falar. Porque nós falamos também, não somos objeto de estudo, a gente faz”.
Confira trechos da participação dos Nós, mulheres da periferia no evento: