6 anos sem Marielle Franco: saiba os últimos desdobramentos da investigação
Caso Marielle Franco foi enviado ao STF e terá relatoria de Alexandre de Moraes
Por Beatriz de Oliveira
20|03|2024
Alterado em 20|03|2024
Na última quinta-feira (14), completou-se seis anos do assassinato da politica e socióloga Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. De lá pra cá, a pergunta “Quem mandou matar Marielle Franco?”, segue sem resposta. No entanto, a investigação tem ganhado novos desdobramentos nos últimos meses, o mais recente deles é que a delação premiada realizada pelo assassino da vereadora, o ex-policial militar Ronnie Lessa, foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Para que você entenda o andamento do caso, reunimos as últimas atualizações a respeito, Confira:
Andamentos em 2024
Março
No dia 12 de março, a Força-tarefa Marielle Franco e Anderson Gomes do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) apresentou as alegações finais na ação penal movida contra o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, apontado como suspeito de participar do plano de assassinato da vereadora. O MPRJ pediu que o suspeito seja levado a júri popular.
Já no dia 13 de março, o processo que apura os mandantes do assassinato foi enviado ao STF, por provas fazerem menção a parlamentar federal com foro privilegiado. Casos que envolvem senadores e deputados federais devem ser julgados pelo STF.
Na noite de 19 de março, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciou que a delação premiada de Ronnie Lessa foi homologada pelo STF. A delação foi aceita após Alexandre de Moraes, que conduz o caso no Supremo, avaliar sua legalidade e confirmar que foi assinada de maneira voluntária.
Fevereiro
O então ministro da Justiça Flávio Dino determinou a abertura de um inquérito da Polícia Federal para ampliar investigações acerca da organização criminosa que assassinou a vereadora. Até então o caso estava sob responsabilidade do Ministério Público do Rio de Janeiro.
Janeiro
Em janeiro, o veículo The Intercept Brasil divulgou a informação que o ex-policial militar Ronnie Lessa, preso desde 2019 sob acusação de efetuar os disparos contra Marielle e Anderson, fechou acordo de delação premiada, ainda não validada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Nessa delação, Lessa teria apontado Domingos Brazão, político de carreira e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, como mandante do crime.
Andamentos em 2023
Dezembro
Em 21 de dezembro, o então ministro da Justiça Flávio Dino afirmou “não tenham dúvida, o caso Marielle será, em breve, integralmente elucidado”. A declaração ocorreu durante apresentação de balanço preliminar das ações do ministério.
Setembro
A Agência Pública revelou que o ex-vereador do Rio de Janeiro Marcello Moraes Siciliano foi detido em Cancún, no México, durante o governo de Jair Bolsonaro, em julho de 2019. Na época, ele esteve entre os suspeitos de participar da morte de Marielle e Anderson
Julho
Em julho, Élcio Queiroz fechou um acordo de delação premiada e assumiu sua participação na morte da vereadora. O ex-policial militar também deu detalhes das participações de Ronnie e Maxwell no crime. Segundo ele, a primeira tentativa de assassinato de Marielle aconteceu em 2017. Após a delação, o ex-bombeiro, que cumpria pena em regime aberto, foi preso acusado de participar de campanhas durante o planejamento para a morte da vereadora.