Programa formativo sobre jornalismo antirracista oferece bolsa de R$ 10 mil para reportagem
O lançamento acontecerá no evento online “Mães e crianças negras: sementes de comunidades vivas" no dia 30 de agosto, e contará com a presença de especialistas no tema
Por Redação
16|08|2023
Alterado em 23|08|2023
No mês da primeira infância, celebrado em agosto, o Nós, mulheres da periferia, em parceria com Alma Preta Jornalismo e Marco Zero Conteúdo, lança o programa formativo “O papel do jornalismo periférico e antirracista na proteção das crianças negras”. A ação tem o apoio da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, organização que atua na defesa da garantia de direitos para a primeira infância.
Para marcar o lançamento do programa e a importância do mês de agosto para o tema, será realizado no dia 30 de agosto, das 19h às 21h, o evento online “Mães e crianças negras: sementes de comunidades vivas”.
As crianças negras e indígenas, juntamente com suas cuidadoras são as mais impactadas pelas desigualdades estruturais presentes na sociedade brasileira. Por isso, é fundamental que o assunto esteja presente nos noticiários, trabalhos acadêmicos e pesquisas, contribuindo para a consolidação e reivindicação de políticas públicas.
O evento contará com a participação da psicóloga Juliana Prates e da criadora de conteúdo Adriana Arcebispo.
Adriana Arcebispo é assistente social, escritora e criadora de conteúdo. No perfil @familiaquilombo, aborda temas como afetividade, criação de filhos, relações familiares e educação antirracista. Tudo isso a partir de sua visão de mundo e experiência pessoal. Em 2023, a Família Quilombo foi vencedora do ‘Prêmio Sim à Igualdade Racial’ na categoria de Influência e Representatividade.
Juliana Prates é psicóloga com mestrado em Psicologia do Desenvolvimento e doutorado em Estudos da Criança. É vice-diretora do Instituto de Psicologia da Universidade Federal da Bahia, e coordena os projetos Crianças na UFBA e Infância em Cena.
Para participar, é preciso fazer inscrição pelo link bit.ly/nos-maesecriancas até o dia 30 de agosto, quarta-feira, às 14h. Jornalistas, comunicadores e interessados no tema de todo o Brasil poderão assistir. Será concedido certificado de participação.
Inscrições para a formação
No dia do evento, além do espaço para escuta e diálogo, serão abertas as inscrições para o programa formativo online “O papel do jornalismo periférico e antirracista na proteção das crianças negras”. Este ciclo é voltado para jornalistas, estudantes de jornalismo e comunicadores com atuação no nordeste do país.
Serão selecionadas 35 pessoas para participarem de quatro encontros online, cada com duas horas e trinta minutos de duração. Cada aula terá um eixo temático e será conduzida por uma profissional de relevância na área. Ao final, todas as pessoas participantes poderão concorrer a uma bolsa de R$10 mil para financiar uma reportagem comprometida com a proteção das crianças e mulheres negras.
Jornalismo antirracista
Essa iniciativa contribui para a missão dos veículos e parceiros de trazer à tona histórias e narrativas sobre os desafios que permeiam o cotidiano de mães, bem como a importância de garantir os direitos de crianças negras.
Mayara Penina, especialista em Educação Infantil, e diretora de conteúdo do Nós salienta a relevância desta formação para fomentar discussões no ecossistema do jornalismo. “Este ciclo formativo tem o objetivo de debater nossa atuação jornalística quando abordamos infâncias negras em todas as editorias. O olhar cuidadoso e responsável para o nosso campo de atuação deve pautar um jornalismo antirracista”.
Sérgio Miguel Buarque, coordenador executivo da Marco Zero conta que estão muito empolgados com o início dos trabalhos. “Um projeto fundamental tanto no conteúdo quanto na forma. No conteúdo, por discutir caminhos para um jornalismo antirracista, comprometido com proteção das crianças negras. Na forma, por fortalecer redes de jornalismo, fora do eixo Rio de Janeiro/São Paulo, atuando de forma colaborativa e integrada.”
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