
5 dados alarmantes para se atentar no Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher
Selecionamos reportagens do Nós que trazem dados e explicações sobre diferentes tipos de violência contra mulher
Por Beatriz de Oliveira
09|10|2025
Alterado em 09|10|2025
Dez de outubro é marcado como Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher. A data busca provocar uma reflexão sobre os números alarmantes de violência de gênero, as formas de denúncia e o que tem sido feito para mudar esse cenário.
Para buscar orientações sobre o assunto ou realizar uma denúncia, ligue para a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180. O canal funciona 24 horas por dia e a ligação é gratuita. Já em casos de emergência, acione a Polícia Militar, por meio do 190.
A partir disso, selecionamos cinco reportagens do Nós, mulheres da periferia que abordam esse tema com dados e informações, mostrando a urgência do enfrentamento a todas as formas de violência contra as mulheres.
Confira.
14 milhões de mulheres negras sofreram violência doméstica em 2023
Em 2023, 25,4 milhões de mulheres declararam já ter sido vítimas de violência doméstica ou familiar – o que representa 30% da população feminina do país. Dessas, 14 milhões eram pretas ou pardas, 10 milhões brancas e 1 milhão amarelas ou indígenas. Os números fazem parte do Mapa Nacional da Violência de Gênero, que reúne informações de diferentes áreas sobre violência contra a mulher.
No texto “Mapa Nacional aponta que 14 milhões de mulheres negras sofreram violência doméstica em 2023”, destrinchamos a pesquisa que traz dados sobre o perfil das vítimas e dos agressores em casos de violência doméstica.
Mulher negra tem 1,7 vezes mais risco de ser assassinada
Em 2023, um total de 3.903 mulheres foram vítimas de homicídio, sendo 2.662 negras (68,2%). Nesse cenário, o risco de uma mulher negra ser assassinada foi 1,7 vez maior do que o risco de uma mulher não negra. É o que revela a pesquisa Atlas da Violência 2025, feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Na matéria “Atlas da Violência: mulher negra tem 1,7 vez mais risco de ser assassinada”, elencamos dados do estudo referentes ao homicídio feminino e feminicídio, os quais confirmam que a violência de gênero segue sendo um problema estrutural marcado pelo racismo.
Ameaças de violência contra mulher aumentam 23,7% em dias de jogo de futebol
Em dias de jogos do Campeonato Brasileiro de Futebol Masculino, as ameaças de violência contra mulheres aumentam 23,7%. Quando o time da cidade joga em casa, os casos de agressão física registram um salto de 25,9%. É o que mostra uma pesquisa do Instituto Avon, em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que analisou dados entre 2015 e 2018 em cinco capitais.
Na reportagem “Além das quatro linhas: a conexão entre futebol e violência doméstica”, explicamos como o esporte mais popular do país também reflete tensões e desigualdades sociais de gênero.
Trinta milhões de mulheres foram assediadas sexualmente em 2022
Trinta milhões de mulheres foram assediadas sexualmente no ano de 2022, de acordo com pesquisa do DataFolha e Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Comentários obscenos sobre o corpo, cantadas no ambiente de trabalho e “encoxadas” no transporte público são alguns exemplos desse tipo de violência.
Na matéria “Vítimas e testemunhas: o que fazer em casos de assédio sexual?”, explicamos o que é assédio sexual e como denunciá-lo.
25,4 milhões de brasileiras já foram vítimas de violência doméstica ou familiar
Pelo menos 25,4 milhões de brasileiras já foram vítimas de violência doméstica ou familiar em algum momento da vida, de acordo com a 10ª edição da Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher.
No texto “7 mulheres que foram culpabilizadas por sofrerem violência no Brasil”, relatamos casos emblemáticos da história brasileira em que as mulheres foram culpabilizadas pelas violências que sofreram.