Debate sobre Liderança Feminina, em 8 de agosto, encerra o circuito de vivências do coletivo Manifesto Crespo

“O fato de estar entre mulheres com histórias tão importantes nos fez crescer e reforçar o entendimento em relação à importância do nosso trabalho”, disse Nina Vieira, uma das co-fundadoras e integrante do coletivo Manifesto Crespo, criado em 2011 com o objetivo de fortalecer a autoestima de mulheres negras com a oficina Tecendo e Trançando […]

Por Semayat S. Oliveira

05|08|2015

Alterado em 05|08|2015

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As integrantes do Coletivo Manifesto Crespo: Lúcia Udemezue, 30, produtora e socióloga, Thays Quadros, 30, produtora, Denna Hill, 31, cantora e psicóloga e Nina Vieira, 25, designer e fotógrafa | Divulgação


“O fato de estar entre mulheres com histórias tão importantes nos fez crescer e reforçar o entendimento em relação à importância do nosso trabalho”, disse Nina Vieira, uma das co-fundadoras e integrante do coletivo Manifesto Crespo, criado em 2011 com o objetivo de fortalecer a autoestima de mulheres negras com a oficina Tecendo e Trançando Arte. Depois de um semestre conhecendo diferentes comunidades que têm mulheres em posição de liderança, no dia 8 de agosto acontece o encerramento do circuito no Teatro Popular Solano Trindade, em Embu das Artes, com homenagem e presença de Raquel Trindade, fundadora do espaço.
Com quatro anos de atuação, a proposta do projeto é restaurar a identidade, eixo principal do trabalho desenvolvido pelo coletivo, a partir da reflexão histórica, estética e cultural do turbante e do ato de trançar os cabelos. Após ser contemplado pelo Prêmio Lélia Gonzalez (Protagonismo de Organizações de Mulheres Negras), lançado em 2014 pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), o coletivo se estruturou para realizar a atividade em locais essenciais para sua linha de pesquisa.
O encerramento reúne todas as líderes que receberam o projeto: Neide Ribeiro, do Centro Cultural Orùnmilá, em Ribeirão Preto; Vanessa Dias, do Jongo Dito Ribeiro, em Campinas; Jerá Guarani, da aldeia Tenondé Porã, em Parelheiros (SP) e Maria Gabriel do Prado, do Quilombo da Caçandoca, em Ubatuba. O tema da roda de conversa será ‘Saberes da Tradição e Liderança Feminina’.
“Essa troca de experiências é fundamental para promover um intercâmbio cultural entre histórias diferentes geograficamente, mas essencialmente ligadas por seu perfil de luta. Nós só estamos aqui hoje por conta de todas essas trajetórias de resistência!”, reforçou Nina Vieira.
Raquel Trindade, a anfitriã e homenageada do evento, é artista plástica, coreógrafa, folclorista, referência em cultura popular e ativista social. Filha de Solano Trindade, conhecido como ‘O poeta do povo’, e Maria Margarida da Trindade, coreógrafa e terapeuta ocupacional, é considerada uma guardiã de conhecimento e ícone de resistência e liderança feminina. É a criadora da Nação Kambinda de Maracatu e o Teatro Solano Trindade.
O evento acontece entre 9h e 20h30 e, além da roda de conversa, terá a tradicional oficina de trança e turbantes e, em especial, aula e apresentação de Maracatu. Para participar, é preciso realizar a inscrição até o dia 7 de agosto. Clique aqui para acessar mais informações.