Mulheres que cuidam do mundo

Desde cedo, mulheres negras absorvem de mulheres mais velhas a responsabilidade de cuidar dos outros.

São tantas tarefas que relatos de sobrecarga mental são frequentes

A falta de trabalho, exposição ao assédio, à violência e ao racismo já causam esgotamento físico e mental.  Imagina  cuidar de outras pessoas.

Conforme relatório divulgado pela OMS (Organização Mundial de Saúde), em março de 2022, jovens com  menos de 20 anos e mulheres são mais suscetíveis a ter pensamentos suicidas, comportamentos agravados durante a pandemia de Covid-19

E aí fica o questionamento:  Quem cuida de quem cuida?

Nas periferias urbanas, com gastos com alimentação e o endividamento, a saúde mental não é prioridade. O acesso a tratamentos especializados particulares, por vezes, é muito fora do orçamento da maioria das famílias e há, ainda, um desconhecimento dos tipos de serviços públicos e gratuitos disponíveis.

“Ainda se tem a ideia de que cuidar da saúde mental é coisa de rico, frescura ou falta de fé. Acreditamos que tudo isso é reflexo de um olhar elitizado da saúde mental, da psicologia. E isso faz com que a periferia tenha pré-conceitos com a temática, dificultando a busca por ajuda em momentos de necessidade”.

Elânia Francisca, psicóloga e uma das fundadoras do A Bordar Espaço Terapêutico .

Confira alguns espaços que oferecem terapias gratuitas:

Seta

CAPS e SUS:

É possível conseguir atendimento terapêutico gratuito através do SUS (Sistema Único de Saúde). A interessada pode ir a UBS (Unidade Básica de Saúde) mais próxima e solicitar um encaminhamento com psicólogo.

CAPS e SUS:

Os CAPs (Centros de Atenção Psicossocial) oferecem serviços para pessoas com transtorno mental. O atendimento pode ocorrer através de encaminhamento feito na UBS ou diretamente na unidade da sua região.

La Fancha – Casa Restaurante:

O restaurante fica no bairro do Grajaú, zona sul da cidade de São Paulo (SP) e promove encontros gastronômicos e culturais mensalmente exclusivo para mulheres e mães.

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TEXTO: Mariana Oliveira

Conteúdo produzido em parceria com o Instituto Sulamérica #BemAmarelo