Adélia Sampaio: primeira diretora de cinema negra no Brasil
Adélia Sampaio é pioneira no ramo do cinema brasileiro, sendo a primeira mulher negra a dirigir um longa no país.
Adélia descobriu o seu amor pelo cinema ainda na infância, ao ir pela primeira vez ao cinema.
Estreitou o contato com o cinema ao trabalhar como telefonista na DiFilme e logo passou a cuidar do cineclube da empresa.
Atuou em diversas áreas na indústria cinematográfica: foi continuísta, maquiadora, câmera, montadora e produtora. Logo, abriu uma pequena produtora e começou a produzir curtas.
Até que anos mais tarde, em 1984, lançou “Amor Maldito”, o único longa metragem da mineira.
O filme é baseado em fatos reais e narra a história de um casal: uma jovem executiva e a ex-miss, filha de um pastor evangélico. Na trama, uma delas se suicida e a outra é condenada como se a tivesse assassinado.
O filme foi todo feito em sistema de cooperativa, ou seja, todos abriram mão do cachê e receberam apenas uma ajuda de custo. Isso porque a Embrafilme classificou o tema como absurdo e não ofereceu financiamento.
Quando o filme ficou pronto, nenhum cinema queria exibi-lo por causa da temática. A forma encontrada para a obra ser exibida em circuito comercial foi travesti-lo, na divulgação, como uma pornochanchada.