Nascido no Rio de Janeiro em 1972, Renato Noguera é filósofo, mestre e doutor em Filosofia. Também é professor, pesquisador, palestrante, escritor, ensaísta, dramaturgo, autor de literatura infantil e roteirista de animação.
Noguera usa suas redes e canal do Youtube para falar sobre três grandes eixos: infâncias, filosofia e amor, temas que fazem parte de sua formação, pesquisas e ensaios.
Em 2020, Renato lançou o livro “Por que amamos: o que os mitos e a filosofia têm a dizer sobre o amor”, que se debruça sobre filosofia, ancestralidade, mitos africanos, indígenas, orientais, ocidentais e até sobre a biologia para refletir sobre os diferentes significados do amor.
Um dos pensamentos trazidos é o da escritora burkinabe Sobonfu Somé, do povo Dagara, que, dentre outras coisas, defende que amar é escutar. Então, para conhecer o amor, é necessário, antes de tudo, conhecer a si mesmo e ao outro.
Pelo lado biológico, a partir dos pensamentos de Arthur Schopenhauer e Robert Wright, o filósofo escreve que o amor é fundamental para os seres humanos se eternizarem, procriarem e garantirem a sobrevivência da espécie humana.
Usando uma analogia do "Livro das Mil e Uma Noites", Renato aponta que a maneira como nós relatamos nossas histórias possibilita que as pessoas se aproximem ou se afastem de nós. O amor demanda que duas pessoas apresentem, uma à outra, a narrativa de suas vidas para que entrelacem suas histórias.
Por meio da história de Oxum e Xangô, Noguera fala sobre poligamia e traz o ensinamento de que o amor diz respeito a todos, porque permite o compartilhamento de experiências. Em outras palavras, amar não é da ordem da posse, mas da troca.
Em resumo, o filósofo aponta que:– o amor é uma arte político-afetiva que enfrenta desafios;– sem admiração e desejo o amor não se torna possível;– também é preciso compatibilidade psicológica e de projeto de relacionamento.