A vacinação é a única forma de proteger adultos e crianças das mais variadas doenças, muitas delas gravíssimas e que podem levar à morte.
É uma estratégia de saúde coletiva que, se não efetivada, representa um perigo extremamente nocivo à saúde pública de uma forma geral.
Apesar disso, segundo estudo do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), vem sendo observada queda nas taxas de vacinação de crianças menores de cinco anos desde 2015.
Embora o índice de vacinação ideal seja acima de 90%, as taxas gerais de imunização têm ficado abaixo desse valor desde 2012, chegando a 50,4% em 2016. Em 2021, a porcentagem foi de 60,7%, segundo informações do DATASUS do Ministério da Saúde.
Um dos maiores programas de imunização do mundo é o Programa Nacional de Imunizações do Brasil (PNI), formulado em 1973, com o objetivo de controlar diversas doenças imunopreveníveis e alcançar coberturas vacinais de 100%, de forma homogênea em todos os municípios e bairros.
Um dos principais imunizantes do PNI é a vacina tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola), que registra números de cobertura insuficientes desde 2017. Naquele ano, o indicador registrou 86,2%; em 2021, a cobertura caiu para 71,4%.
Já a procura pela vacina contra poliomielite, o imunizante de gotinhas, caiu de 96,5% em 2012 para 67,6% em 2021.
Outra vacina aplicada no público infantil é contra o rotavírus, que causa aproximadamente 215 mil mortes por ano no mundo em crianças com menos de cinco anos. Os índices de vacinação contra o rotavírus no Brasil reduziram de 86,3% em 2012 para 68,3% em 2021.
Dentre os motivos que levam as famílias a vacinarem ou não seus filhos estão:– Obrigatoriedade de apresentação da caderneta de vacinação para matrícula escolar e de manter a vacinação em dia para receber benefícios de programas sociais, como o Bolsa Família;
– Receio dos efeitos adversos da vacina;– Disponibilidade das vacinas no Sistema Único de Saúde (SUS);– Disponibilidade dos pais e/ou responsáveis para levar as crianças para vacinar.