Pode ter significado ou não, a verdade é que a tatuagem é uma expressão artística ancestral no Brasil.
No livro “Uma história da tatuagem no Brasil”, a historiadora Silvana Jeha conta que haviam tatuagens indígenas desde antes do Brasil Colônia. E, após a colonização, tivemos a presença das tatuagens e escarificações dos africanos escravizados.
É se inspirando na cultura afro e índigena que a tatuadora Bianca Foratori faz suas artes. A artista visual é de Jundiaí (SP) e atualmente mora na capital paulista.
Bianca começou a atuar logo após sair da faculdade de Design e Negócios de Moda. Foi por meio da tatuagem que conseguiu ter estabilidade financeira para começar sua carreira como artista visual.
@bforatori
Suas tatuagens estão ligadas à identidade e memória da mulher latina, mestiça e racializada.
As tatuagens e artes visuais são também resultado de uma pesquisa sobre a identidade de sua família, levando em consideração questões sociais, culturais e históricas.
As tatuagens e artes visuais são também resultado de uma pesquisa sobre a identidade de sua família, levando em consideração questões sociais, culturais e históricas.
A sua obra “Mãdi'og” por exemplo, é inspirada em lembranças de sua avó materna e na maneira como ela preparava a comida.
Com origens na Bahia e Mato Grosso do Sul, sua família é composta por muitos artistas e artesãos.
Com tatuagens autorais e exclusivas, a artista marca na pele de outras pessoas a raiz afro-indígena presente no nosso país.
Além das tatuagens, faz diversas experimentações nas artes visuais, por meio do desenho, pintura, muralismo, colagem, fotografia, lambe-lambe, escultura e ilustração.
Já teve seus trabalhos exibidos em algumas exposições, como a “Mostra Delas”, em Jundiaí e “Agosto Indígena”, em São Paulo.