CHIMAMANDA NO BRASIL: literatura, identidade e racismo
Escritora, feminista, mãe e uma das maiores vozes da literatura contemporênea, Chimamanda Ngozi Adichie nasceu em Enugu, na Nigéria, em 1977.
Além de ser uma das jovens autoras de maior sucesso, a nigeriana vem dando visibilidade e despertando o interesse pela literatura africana em todo o mundo.
Seus livros falam sobre intolerância religiosa, violência doméstica, costumes e vivências africanas, gênero, identidade e diversos outros temas essenciais.
Seus discursos, repletos de histórias pessoais, humor e poderosas reflexões, ganharam o mundo, viraram estampas de camisetas e até trecho de música da Beyoncé.
Flawless ft. Chimamanda Ngozi Adichie - Beyoncé
No último sábado, 14, a escritora voltou ao Brasil após 14 anos, para participar da 4a edição da LER - Festival do Leitor, mediada pela filósofa brasileira Djamila Ribeiro. Ela chamou a atenção para a importância de contar histórias para humanizar e empoderar.
“Precisamos nos desatrelar de números, gráficos e tabelas. Eles não contam histórias humanas. E são as histórias que fazem com que as pessoas se solidarizem com temas sensíveis.
Chimamanda Ngozi Adichie
Chimamanda também falou sobre maternidade, representatividade, racismo e feminismo. Alertou, ainda, sobre como a literatura pode ser usada como arma de desinformação e sobre a tentativa colonial de apagar as histórias que eles não querem que sejam contadas.
“Contar histórias é nosso jeito de seguir em frente. Falo do que nem todos querem ouvir, mas o caminho é insistir. É insistindo que a ‘massa crítica’ irá ouvir e fazer com que outras pessoas, que estavam em negação, ouçam”