#MeuProfessorRacista denuncia racismo no ambiente escolar

As redes sociais Facebook e Twitter foram tomadas pela hashtag #MeuProfessorRacista, que reúne relatos de pessoas que sofreram atos de racismo no ambiente escolar e universitário. A hashtag viralizou no começo desta semana e trouxe à tona atos de preconceito e intolerância contra estudantes negros (as).   Relatos como “Ligou pra minha mãe porque havia […]

Por Redação

04|04|2017

Alterado em 04|04|2017

As redes sociais Facebook e Twitter foram tomadas pela hashtag #MeuProfessorRacista, que reúne relatos de pessoas que sofreram atos de racismo no ambiente escolar e universitário.
A hashtag viralizou no começo desta semana e trouxe à tona atos de preconceito e intolerância contra estudantes negros (as).

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Crédito: EBC


 
Relatos como “Ligou pra minha mãe porque havia soltado o meu cabelo crespo na escola, detalhe as gurias de cabelo liso podiam” ou “me perguntou pq eu ficava atrapalhando a aula com cara de macaco… Eu tinha 14 anos” estão entre as muitas mensagens que reforçam a necessidade permanente de combate ao racismo, sobretudo no ambiente escolar, em que tais ações deveriam ser repudiadas e não perpetuadas.
As integrantes do coletivo Nós, mulheres da periferia Jéssica Moreira e Semayat de Oliveira se incorporaram à campanha e também denunciaram casos vivenciados por elas.
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A campanha foi iniciada pelo coletivo de alunos e alunas negras da USP, o Ocupação Preta, que denunciou em carta aberta uma professora da faculdade por abordar com chacota assuntos como marchinhas de carnaval racistas e a questão racial na obra do escritor Monteiro Lobato.
“Repudiamos a postura da professora que exigiu que fôssemos retirados pela segurança do Campus, e que ousou dizer que conhece um professor universitário que, conforme sua fala, “é mais negro que todos nós” alunas e alunos que estávamos presente na aula. Esse tipo de postura mostra o quanto temos professores que necessitam urgentemente de formação acadêmica em conformidade com a Lei 10.639/03 sobre o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira, já que são responsáveis pela formação acadêmica de futuros professores”, defende o coletivo Ocupação Negra na carta.
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Arte de Capa: Vinicius de Almeida