Dia 25 de julho a Marcha das Mulheres Negras ocupa o centro de São Paulo

Com uma articulação orgânica e coletiva, grupos de mulheres negras promoverão um protesto no centro da capital paulista na próxima segunda-feira, 25 de julho, data em que se celebra o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. A concentração está prevista para às 17h na Praça Roosevelt e seguirá até o Largo do Paiçandu, […]

Por Semayat S. Oliveira

22|07|2016

Alterado em 22|07|2016

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Registro da Marcha das Mulheres Negras em Brasília, no dia 18 de novembro de 2015 | Crédito foto: Benjamim


Com uma articulação orgânica e coletiva, grupos de mulheres negras promoverão um protesto no centro da capital paulista na próxima segunda-feira, 25 de julho, data em que se celebra o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.
A concentração está prevista para às 17h na Praça Roosevelt e seguirá até o Largo do Paiçandu, onde está localizado o monumento Mãe Preta, em frente da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.
Lei mais sobre o significado do dia 25 de julho.
Entre as causas específicas que motivam a manifestação está o enfrentamento da atual conjuntura política, o racismo estrutural da sociedade brasileira, o genocídio da população negra e a lesbofobia. Inúmeras mulheres aderiram à campanha de articulação da marcha e alteraram suas fotos de perfil com um avatar especial em forma de apoio.
Em novembro de 2015, milhares de mulheres negras saíram de diferentes estados do país e se uniram em Brasília em uma passeata histórica. Fruto desta mobilização, coletivos e mulheres continuam impulsionando o levante em defesa de direitos básicos, da igualdade racial, social e de gênero, considerando suas intersecções e necessidades específicas.

“A marcha de 2015 foi inesquecível! Desde então, a articulação continuou. Nossa mobilização para a primeira marcha em São Paulo foi feita com encontros e a produção de bazares, sambas, feijoadas e muito rap, é fruto do nosso protagonismo. Existe a necessidade de tornarmos o dia 25 de julho uma referência, assim como o 8 de março, e estamos no caminho para isso”, disse Cinthia Abreu, integrante da organização.

Entre as frentes estão representantes do Geledés Instituto da Mulher Negra, Marcha Mundial de Mulheres, Catadoras de Material Reciclável, Levante Mulher, UNEAFRO, Manifesto Crespo, Coletivo Luana Barbosa, Conversa de Preta e Ilú Obá de Min.
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