Estereótipos que envolvem a fragilidade masculina atrelados à ideia de que “homem não chora” são prejudiciais no contexto social. Mas, quando o assunto é saúde a coisa piora.
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Segundo relatório da Pesquisa Nacional de Saúde publicado em 2019, pouco mais de 69% dos homens buscaram atendimento médico de rotina.
Everton Mendes, psicólogo e líder do grupo de Masculinidades Negras, lista os benefícios de discutir a saúde mental masculina.
Dados divulgados pela OMS (Organização Mundial da Saúde, mostram que em 2016 foram mais de 10 mil casos de suicídios entre homens.
Discutir saúde mental pode auxiliá-los no processo de autoconhecimento, impactar na redução desse dado e até mesmo reduzir casos de feminicídio, violência doméstica e possivelmente no abandono paterno.
Falar sobre saúde mental com a população em geral é difícil. Com os homens há o agravante do modelo de masculinidade que conhecemos distancia os homens de falarem sobre questões íntimas. Meninos são educados a omitirem emoções e não lidarem com elas.
Porque falar sobre saúde mental masculina costuma ser negligenciada?
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"Um homem preparado para cuidar de si, tem mais possibilidade de resolver os seus problemas".
Everton Mendes
O diálogo é essencial para que cada sujeito apresente seus objetivos, anseios, angústias. Resolver questões individuais a partir de terapias possibilita melhor qualidade de vida, resultando em benefícios para qualquer relação.
Que impactos conversas e tratamentos terapêuticos podem trazer em relacionamentos?
O racismo principalmente. Crescer em um lugar de desumanização acarreta diversas consequências negativas para a população negra. A insegurança, a baixa autoestima e a rejeição, são sentimentos comuns entre os homens negros.
Existem variáveis que podem influenciar entre homens negros e brancos?
"Um homem que cuida de si está mais propenso a cuidar do outro. Vejo em grupos de apoio um caminho para entendermos que questões particulares podem ser comuns a outros homens".
Everton Mendes
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TEXTO: Mariana Oliveira
Conteúdo produzido em parceria com o Instituto Sulamérica #BemAmarelo